"Recentemente, os caças das Forças de Defesa de Israel atingiram simultaneamente cerca de 10 alvos terroristas do Hezbollah, incluindo uma instalação de armazenamento de armas, locais de lançamento e infraestruturas terroristas, na zona de Rachaya Al Foukhar", segundo um comunicado do exército.
Até ao momento, a milícia libanesa não reivindicou qualquer ataque contra Israel, nem fez soar qualquer alarme no norte do país.
As hostilidades ao longo da fronteira entre Israel e o Líbano começaram a 08 de outubro, um dia depois do início da guerra na Faixa de Gaza, no âmbito do apoio do Hezbollah às milícias islamistas palestinianas no enclave.
O fogo cruzado intensificou-se nas últimas semanas, fazendo temer uma guerra aberta entre as partes.
Trata-se do pico de tensão mais elevado desde 2006, com uma intensa troca de tiros há mais de cinco meses e que já matou pelo menos 370 pessoas, na sua maioria do lado libanês e nas fileiras do Hezbollah, que confirmou 249 baixas, algumas das quais na Síria.
Em Israel, 18 pessoas foram mortas no norte (10 militares e 8 civis), enquanto do outro lado da fronteira registarem-se 352 mortos, incluindo 43 membros de outras milícias, um soldado libanês e 59 civis, incluindo dez menores e três jornalistas.
No domingo, Israel tinha divulgado a morte, no ataque com um drone, de Ismail Al Zin, comandante do corpo de elite Radwan do Hezbollah. O responsável liderava a unidade de mísseis antitanque e era responsável por "dezenas de ataques contra civis, comunidades e forças de segurança israelitas".
O Hezbollah confirmou a morte de al-Zin, bem como sete ataques com foguetes, mísseis, artilharia e drones contra Israel, incluindo um míssil Burkan contra Malkia, no qual um soldado israelita ficou ligeiramente ferido.
O exército israelita também afirmou ter identificado "numerosos foguetes" lançados a partir do sul do Líbano contra Cheeba e Arab al Aramshe, no norte de Israel - reivindicados pelos xiitas - aos quais respondeu bombardeando vários complexos militares do Hezbollah "onde os terroristas estavam a operar" em Meiss el Jabal e Blida, bem como locais de lançamento em Markaba e um posto de observação em Kfarkel.
A guerra em curso entre Israel e o Hamas foi desencadeada por um ataque em solo israelita do grupo islamita palestiniano que causou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns, segundo as autoridades.
A resposta de Israel, além de ter causado um nível elevado de destruição de infraestruturas em Gaza, matou cerca de 32.700 pessoas, segundo as autoridades controladas pelo Hamas.
O grupo islamita, que governa Gaza desde 2007, é considerado como uma organização terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia.
Leia Também: Israel diz ter "eliminado" líder do Hezbollah em ataque no Líbano