Israel confirma que matou líder militar do Hamas em julho

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Guerra Israel-Hamas

01 ago, 2024 - 20:45 • Reuters

Mortes de figuras de peso do Hamas e do Hezbollah nos últimos dias têm aumentado a tensão na região, principalmente devido a ataques no Líbano e Irão.

O chefe do braço militar do Hamas, Mohammed Deif, foi morto num ataque aéreo israelita na Faixa de Gaza no mês de julho. Israel confirmou esta quinta-feira o ataque, um dia após a morte do líder político do do Hamas em Teerão.

Deif é considerado um dos mentores do ataque do Hamas de 7 de outubro ao sul de Israel, que desencadeou a atual guerra na Faixa de Gaza.

"As Forças de Defesa de Israel (IDF) anunciam que, a 13 de julho de 2024, caças das IDF atacaram a área de Khan Younis e, após uma avaliação dos serviços de informações, pode ser confirmado que Mohammed Deif foi eliminado no ataque", disseram os militares.

O Hamas não confirmou nem negou o assassinato de Deif, declarando apenas que qualquer informação sobre as mortes dos seus líderes são de sua exclusiva responsabilidade.

"A menos que qualquer um deles (a liderança política e militar do Hamas) anuncie, nenhuma notícia publicada na comunicação social ou por qualquer outra parte pode ser confirmada", disse Ezzat Rashaq.

Bomba que matou líder do Hamas foi instalada há dois meses

Israel fez o anúncio enquanto multidões se reuniram na capital iraniana para o cortejo fúnebre do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh.

O Irão e o Hamas culpam Israel pela morte de Haniyeh, enquanto os israelitas não negaram nem confirmaram um papel no assassinato. Israel, no entanto, confirmou que matou um comandante sénior do movimento libanês Hezbollah em Beirute, na terça-feira.

O Hezbollah e o Hamas são apoiados pelo Irão. Os últimos assassinatos levantaram preocupações sobre uma nova escalada nas hostilidades no Médio Oriente, com ameaças de vingança contra Israel, que disse que não busca uma guerra regional, mas que responderia com força a qualquer ataque.

"Israel está em um estado de prontidão muito alto para qualquer cenário – tanto na defesa quanto no ataque", disse o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu após uma reunião do governo, em que avisou que o país vai "cobrar um preço muito alto por qualquer ato de agressão contra nós de qualquer quadrante que seja."

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