Israel considera forçar civis a sair do norte da Faixa de Gaza

2 horas atrás 21

Guerra Israel-Hamas

23 set, 2024 - 19:50 • João Pedro Quesado

O plano, promovido por generais reformados, não diz quando os palestinianos poderiam voltar ao território. Entre 300 mil a 500 mil pessoas estão nessa parte de Gaza.

Benjamin Netanyahu está a considerar um plano para forçar todos os palestinianos a sair da região norte da Faixa de Gaza, incluindo a cidade de Gaza, de acordo com o “The Times of Israel” e a “CNN”. O plano foi criado por antigos generais das Forças de Defesa de Israel (IDF) e não estabelece nenhuma previsão de regresso dos palestinianos.

Segundo a “CNN”, o plano, publicado por um grupo de generais israelitas reformados, foi apresentado ao governo de Israel e a deputados do parlamento do país, o Knesset. O objetivo declarado é cercar combatentes do Hamas para forçar o grupo a libertar os 101 reféns que ainda detém, desde o ataque de 7 de outubro.

O plano teve direito a um vídeo de apresentação, publicado no início do mês. Nele, Giora Eiland, o general que dá a cara pelo projeto, diz que será entregue “comida e água” aos palestinianos que saírem da Faixa de Gaza. Depois, acrescenta que “numa semana o território inteiro se tornará território militar”.

As Nações Unidas (ONU) estimam que entre 300 mil e 500 mil palestinianos estejam na região norte da Faixa de Gaza, a norte do que Israel chamou de Corredor de Netzarim. A maioria são pessoas que viviam noutras partes da Faixa de Gaza e que foram obrigadas a abandonar as suas casas, cumprindo ordens de evacuação de Israel.

Cerca de 1 milhão de pessoas na Faixa de Gaza vivem agora numa zona humanitária que ocupa 15% do território e não tem os serviços e infraestruturas necessárias.

Segundo o jornal “The Times of Israel”, Benjamin Netanyahu indicou a deputados da comissão de Defesa e Negócios Estrangeiros do Knesset que o plano é um de vários a ser examinado.

De acordo com o canal “Kan”, o primeiro-ministro israelita disse que o plano “faz muito sentido”. À “CNN”, fonte do governo de Israel confirmou a veracidade da citação.

Destaques V+

Ler artigo completo