Em comunicado, o exército israelita disse que o ataque no sul da Faixa de Gaza teve como alvo o chefe do braço armado do Hamas, Mohamed Deif, e o comandante local do Hamas na cidade de Khan Younis, e que se dirigiu a uma área onde não havia civis.
"O exército teve como alvo Mohamed Deif e Rafa Salama (...) que foram os dois mentores do massacre de 07 de outubro", disse Israel em comunicado, sem especificar se os dois homens foram mortos.
Também em comunicado, o Hamas negou que o ataque israelita tenha tido como alvo líderes do grupo, como garantiu o Exército israelita, considerando que "essas alegações falsas são usadas para encobrir a escalada do horrível massacre".
Segundo o Ministério de Saúde da Faixa de Gaza, controlado pelo Hamas, pelo menos 71 pessoas foram mortas e 289 resultaram feridas no bombardeamento.
A Autoridade Palestiniana condenou o ataque, considerando que é a "contiuação da política de genocídio" orquestrada por Israel.
Ainda não é claro se o ataque ocorreu dentro de Muwasi, uma zona humanitária designada por Israel, que se estende do norte de Israel até Khan Younis.
A faixa costeira foi para onde centenas de milhares de palestinianos fugiram, em busca de segurança, abrigando-se principalmente em tendas improvisadas.
Israel lançou a campanha na Faixa de Gaza depois de um ataque do Hamas em 07 de outubro, no qual militantes do movimento entraram no sul de Israel e mataram 1.200 pessoas, maioritariamente civis, e raptaram cerca de 250 pessoas.
Desde então, as ofensivas terrestres e os bombardeamentos de Israel mataram mais de 38.300 pessoas em Gaza e feriram mais de 88.000, de acordo com o Ministério da Saúde do território. O ministério não distingue entre civis e combatentes na contagem das vítimas.
Mais de 80% dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza foram expulsos de casa e a maioria encontra-se agora em acampamentos miseráveis, enfrentando a fome generalizada.
Leia Também: Ataque israelita a Gaza mata 71 pessoas no sul do enclave