Israel diz ter exumado corpos em cemitério para verificar se são reféns

8 meses atrás 71

As Forças de Defesa de Israel (IDF) exumaram e removeram corpos num cemitério de Khan Younis, em Gaza, no início da semana, alegadamente para confirmarem se se tratavam de reféns do grupo islâmico Hamas.

O cemitério terá ficado severamente destruído no final das operações israelitas, segundo noticiou a CNN.

Esta quinta-feira, as IDF explicaram ao mesmo meio que resgatar, encontrar e devolver os corpos dos reféns às famílias é uma das suas principais missões em Gaza, justificando, assim, a remoção dos cadáveres.

“O processo de identificação de reféns, conduzido num local seguro e diferente, garante condições profissionais e respeito ao morto”, disse um porta-voz das IDF à CNN. O responsável terá ainda ressalvado que os corpos que não forem de reféns serão “devolvidos com dignidade e respeito”.

Ainda que um ataque a um cemitério possa constituir um crime de guerra à luz do Direito Internacional, exceto em circunstâncias muito específicas e relacionadas com a possibilidade de o local ser um objetivo militar, o representante apontou que a responsabilidade recai, em última instância, sobre o Hamas.

“Se não fosse pela decisão repreensível do Hamas de fazer homens, mulheres, crianças e bebés israelitas reféns, não existiria a necessidade destas buscas”, atirou.

De acordo com as estimativas de Israel, 253 pessoas foram raptadas a 7 de outubro, sendo que 132 reféns ainda estarão em Gaza – 105 vivos e 27 mortos.

Uma imagem de satélite do cemitério tirada pela Maxar, a 15 de janeiro, mostra a área intacta, indicando que os danos ocorreram entre esse dia e 17 de janeiro, quando as IDF ocuparam a área.

A operação israelita nos arredores do cemitério, que inclui o complexo hospital Al Nasser, onde estão refugiadas sete mil pessoas, e um hospital de campanha da Jordânia gerou pânico entre a população.

As IDF adiantaram, na terça-feira, que o Hamas atacou as forças israelitas a partir da unidade de saúde. De salientar, contudo, que a milícia tem vindo a negar estas acusações.

Depois do ataque surpresa do Hamas contra o território israelita, sob o nome 'Tempestade al-Aqsa', Israel bombardeou a partir do ar várias instalações daquele grupo armado na Faixa de Gaza, numa operação que denominou 'Espadas de Ferro'.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está "em guerra" com o Hamas, grupo considerado terrorista por Israel, pelos Estados Unidos e pela União Europeia (UE), tendo acordado com a oposição a criação de um governo de emergência nacional e de um gabinete de guerra.

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