Israel prorroga lei que permite fechar meios de comunicação estrangeiros

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O Governo israelita aspirava transformar em permanente esta ordem, conhecida como 'lei Al Jazeera' e aprovada em abril passado para concretizar o encerramento dos escritórios em Israel daquele canal do Qatar antes do final de julho, altura em que expirava.

Este projeto de lei, elaborado pelo Ministério das Comunicações, visa limitar a atividade de emissoras estrangeiras se houver uma "probabilidade convincente" de danos à segurança nacional de Israel.

O Governo de Benjamin Netanyahu acusa a Al Jazeera de "transmissões contra Israel que procuram prejudicar a segurança nacional".

Desde o passado dia 05 de maio, o canal do Qatar deixou de ser transmitido na televisão israelita, além de as autoridades israelitas terem bloqueado todas as páginas na internet da rede de meios de comunicação Al Jazeera e retirado todas as acreditações dos funcionários deste órgão de informação.

A Al Jazeera é um dos canais com mais jornalistas destacados na Faixa de Gaza e, desde outubro, tem noticiado bombardeamentos a hospitais, ataques a edifícios residenciais e mortes de habitantes de Gaza, que, segundo especialistas, podem ser considerados crimes de guerra.

Obter informações em primeira mão sobre o que está a acontecer na Faixa de Gaza é difícil porque Israel continua a impedir a entrada da imprensa internacional no devastado enclave, onde, segundo o Hamas, mais de 160 jornalistas de Gaza foram mortos, um número que também inclui intelectuais, escritores e 'influencers'.

No dia 11 de junho, mais de 70 meios de comunicação e organizações da sociedade civil, em coordenação com o Comité para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), assinaram uma petição instando Israel a permitir a entrada da imprensa estrangeira na Faixa de Gaza.

"Os jornalistas sobreviventes de Gaza trabalham em condições de extrema privação. Apelamos a Israel que forneça acesso imediato a Gaza à imprensa independente e estrangeira e que proteja os jornalistas locais, conforme exigido pelo direito internacional", instou o CPJ.

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