Israel rasurada em certidão de nascimento de bebé. Cleverly pede desculpa

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O ministro britânico do Interior, James Cleverly, pediu desculpa, na quarta-feira, depois de ter vindo à tona que uma referência a Israel foi rasurada na certidão de nascimento de uma bebé de seis meses. Alguns funcionários foram suspensos pelo incidente.

"Pedimos desculpa à família pela ofensa, e ordenei uma revisão urgente da certidão de nascimento que foi desfigurada. Enquanto apuramos os factos, o nosso parceiro comercial suspendeu alguns funcionários. O caso é totalmente inaceitável. Não toleraremos antissemitismo", escreveu o responsável, na rede social X (Twitter).

É que, segundo denunciou a organização não governamental britânica Campaign Against Antisemitism, a referência a Israel no local de nascimento do pai da menina foi rabiscada. A certidão de nascimento também foi rasgada, depois de ter sido encaminhada para um pedido de passaporte.

Israel, pai da pequena Ronnie, lamentou o sucedido, tendo considerado que a sua bebé "não fez nada de mal".

"Senti-me horrível quando vi. Tive de olhar mais algumas vezes para perceber o que se estava a passar", disse, em declarações à Sky News.

We apologise to the family for the offence caused and I have ordered an urgent review of a birth certificate being defaced.

While we establish the facts, our commercial partner has suspended some staff.

The matter is totally unacceptable.

We will not tolerate antisemitism. https://t.co/gZptvDLpJE

— James Cleverly🇬🇧 (@JamesCleverly) February 21, 2024

O homem indicou também que a situação no Reino Unido, e particularmente em Londres, "não é boa".

"Ser judeu no Reino Unido é muito difícil. E não está a melhorar, está a piorar cada vez mais. [Acho que esse é] o futuro da minha filha, porque Londres já não é Londres, e sinto-me inseguro", confessou.

A associação apelou a que o governo investigue o caso, uma vez que tem "responsabilidade pela aplicação da lei e pela segurança da comunidade judaica".

Depois do ataque surpresa do Hamas contra o território israelita, sob o nome 'Tempestade al-Aqsa', Israel bombardeou a partir do ar várias instalações daquele grupo armado na Faixa de Gaza, numa operação que denominou 'Espadas de Ferro'.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está "em guerra" com o Hamas, grupo considerado terrorista por Israel, pelos Estados Unidos e pela União Europeia (UE), tendo acordado com a oposição a criação de um governo de emergência nacional e de um gabinete de guerra.

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