"As forças de segurança eliminaram dez terroristas durante os confrontos", afirmou o Exército em comunicado, acrescentando que a operação prolongou-se por "mais de 40 horas".
As forças israelitas justificam que estas incursões têm como alvo grupos armados palestinianos, mas os civis estão frequentemente entre as vítimas.
Na sexta-feira, foi anunciado que um comandante local da Jihad Islâmica foi morto na quinta-feira à noite numa operação israelita no campo de refugiados de Nur Shams, que também matou outros quatro palestinianos.
A operação das forças israelitas provocou a morte do comandante do chamado Batalhão Tulkarem da Jihad Islâmica Muhamad Jaber, conhecido como Abu Shuja, segundo confirmaram fontes familiares ao portal de notícias palestiniano Sanad News.
A estação Al-Jazeera, citando fontes próprias, também noticiou a morte do combatente, cujo irmão, Mahmud, morreu em dezembro num ataque também em Nur Shams.
O Exército israelita, por seu lado, confirmou que as suas forças realizaram na quinta-feira à noite uma operação em Nur Shams, na qual "eliminaram vários terroristas" e procederam a detenções.
Os soldados, segundo o Exército, também encontraram explosivos e munições e revistaram vários edifícios do campo.
A Cisjordânia ocupada está a viver a sua maior espiral de violência desde a Segunda Intifada (2000-2005) e só nestes primeiros quatro meses de 2024 pelo menos 138 palestinianos foram mortos por fogo israelita, a maioria dos quais alegados milicianos ou agressores, mas também civis, incluindo cerca de 30 menores, segundo uma contagem da agência EFE.
O Exército intensificou as suas já frequentes incursões na Cisjordânia após o ataque do grupo islamita palestiniano Hamas em 07 de outubro de 2023 em Israel - desencadeando a atual guerra na Faixa de Gaza -, e, desde então, cerca de 468 palestinianos morreram em incidentes violentos com tropas ou colonos israelitas.
Na sexta-feira, a União Europeia aplicou sanções a quatro pessoas e duas organizações acusadas de violação dos direitos humanos na expansão de colonatos na Cisjordânia e os Estados Unidos fizeram o mesmo em relação a duas entidades envolvidas na angariação de fundos para colonos extremistas já sancionados e acusados de atacar regularmente palestinianos.