Itália abate ursa que atacou turista. "Não é a solução", diz ministro

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As autoridades italianas abateram a ursa Kj1, que atacou um turista francês a 16 de julho, em Dro, na região de Trentino, Itália.

Segundo a Rai News, o abate deu-se por ordem do presidente da região, Maurizio Fugatti, e gerou grande polémica.

A principal crítica veio do ministro do Ambiente de Itália, Gilberto Pichetto Fratin. "A supressão dos ursos não é a solução para o problema. Entendo os ânimos da população e da administração local. Hoje vivemos os efeitos de um erro do passado, devido à decisão incorreta de explorar turisticamente a imagem dos ursos em Trenino, há 25 anos".

Agora, o ministro diz que o caminho passa pela "esterilização", uma medida que "deve andar acompanhada de pedagogia correta aos cidadãos e novas ações".

"O presidente Fugatti não perde uma oportunidade e insiste na sua linha de extermínio dos ursos", afirmou em comunicado, por sua vez, a associação ‘Centopercentoanimalisti’.

Já a deputada Michela Vittoria Brambilla, presidente da Liga Italiana para a Defesa dos Animais e do Meio Ambiente, foi mais longe: "O presidente Fugatti enviou o seu sicário para matar a ursa! Assinou o decreto para matar a Kj1 à noite, quando o Tribunal Administrativo não pôde intervir. Que vergonha, vá embora!"

Os ataques de urso têm levantado alertas em Itália - e noutros países europeus, como a Eslovénia - nos últimos tempos. Recorde-se, por exemplo, a trágica morte de Andrea Papi, de 26 anos, que foi atacado por uma ursa chamada Gaia, a 5 de abril de 2023, também no norte de Itália.

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