Itália mantém "atenção" sobre possível surgimento de "lobos solitários"

8 meses atrás 101

"Vivemos um momento particularmente difícil e incerto" e "o conflito no Médio Oriente aumenta o risco de desencadear a radicalização islamista, um risco que se concretizou tragicamente nos últimos meses em França e Bélgica", afirmou o ministro na Comissão extraordinária do Senado para o combate contra a intolerância, o racismo, o antissemitismo e o incitamento ao ódio e à violência.

Segundo o ministro, "a atual situação requer um nível de atenção muito elevado" e o seu ministério "atualizou o quadro do momento em relação aos possíveis perfis de risco interno", acrescentou.

O ministro mencionou que os "lobos solitários", e o facto de "nunca deverem ser subestimados" em entrevista prévia ao diário Il Messagero, onde também anunciou que se reunirá com "presidentes de câmara de três grandes zonas metropolitanas" para "ampliar as operações extraordinárias de controlo territorial".

As atividades de investigação "intensificaram-se nessa frente", e acrescentou que o sistema de vigilância interno está particularmente atento. "Desde o início que elevámos ao máximo as atividades de prevenção antiterrorista".

Na sua comparência parlamentar, referiu-se a 28.000 "objetivos potenciais" de ataques no país, dos quais 205 vinculados a Israel, em particular representações diplomáticas e centros religiosos, e destacou o "notável aumento" de atos antissemitas.

Desde o ataque do Hamas de 07 de outubro de 2023, que justificou a ofensiva israelita em Gaza e até 31 de dezembro passado, a Itália registou 135 episódios de "discriminação racial, antissemita ou territorial" que implicaram uma investigação a 42 pessoas, adiantou Matteo Piantedosi.

Em 2022, segundo o relatório anual sobre antissemitismo elaborado pela Fundação centro de documentação hebraica contemporânea de Itália, registaram-se 241 incidentes de antissemitismo, com um ligeiro aumento face a 2021 (226).

A maioria dos atos antissemitas registaram-se através de "inscrições em muros, cartazes anti-Israel, cânticos durante manifestações, danos e insultos", disse ainda o ministro.

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