Já dizia o ditado...

3 meses atrás 50

...Só acaba quando o árbitro apita. A Eslovénia esteve muito perto de conseguir, esta quinta-feira, uma vitória sobre a Sérvia que deixava muito bem encaminhada a qualificação para os oitavos de final. No entanto, os sérvios acreditaram até ao final e resgataram a igualdade no último lance da partida (1-1).

Depois de uma primeira parte muito animada e onde só faltaram os golos, estes chegaram no segundo tempo. A Eslovénia, superior na etapa inaugural, soube resistir ao melhor período sérvio para depois abrir o ativo e os sérvios, que baixaram o nível depois do golo sofrido, fugiram à derrota com um golo mais do coração que da razão.

Diversão sem golos

Munique assistiu a 45 minutos muito animados entre eslovenos e sérvios. A Eslovénia não se intimidou pelas probabilidades, entrou muito bem e cedo se percebeu que o encontro tinha potencial para ser bem mais equilibrado do que a teoria apontava.

Mais enérgica e com circulação fluída, a seleção eslovena teve o ascendente nos primeiros 20 minutos. Do outro lado, armas não faltavam no ataque sérvio, mas todas com pólvora seca. As iniciativas da equipa de Dragan Stojkovic surgiram quase sempre pelos flancos e acabaram em cruzamentos despejados na área, maioritariamente saídos da canhota de Andrija Zivkovic.

Só perto da meia hora é que a Sérvia conseguiu dar sinais de real perigo, primeiro com Dusan Vlahovic e depois com Aleksandar Mitrovic. Os sérvios demoraram a chegar à partida, é certo, mas fizeram-no na reta final da primeira metade e a partida ganhou novo ritmo. Numa parada de toada e resposta, foram vários os momentos de perigo nos últimos minutos, primeiro com Elsnik a rematar ao poste e depois com a Sérvia a responder em dose dupla, por Mitrovic e Sasa Lukic.

Morrer pelo cruzamento, viver pelo cruzamento

O intervalo chegou no melhor momento da Sérvia, mas não travou o crescimento da seleção dos balcãs. Nos primeiros cinco minutos, os sérvios aproximaram-se do golo por três vezes e apresentaram-se visivelmente mais ligados ao desafio. Na altura de maior sufoco, contudo, a Eslovénia aguentou, apoiada num bloco defensivo solidário e muito coeso, bem como num Jan Oblak impenetrável e imperturbável.

Sacudida a pressão inicial do adversário, a equipa de Matjaz Kek ficou perto de abrir o ativo com um grande pontapé de Benjamin Sesko. A cerca de 20 minutos do final, a Eslovénia conseguiu o prémio para uma exibição muito bem conseguida até então: Karnicnik arrancou em direção ao ataque, soltou a bola na esquerda e apareceu ao segundo poste para finalizar o cruzamento de Elsnik. Um golaço do lateral direito, locomotiva a vapor por todo o flanco.

A resposta imediata dos sérvios só não deu em empate porque Mitrovic acertou na trave, perturbado por Karnicnik. Esperava-se que a Sérvia, que já tinha dados sinais de crescimento no encontro antes de sofrer o golo, fosse dar resposta e empurrasse o opositor para trás, mas isso não se verificou. O lance de Mitrovic foi a derradeira grande oportunidade dos sérvios, que a partir daí voltaram aos mesmos problemas: excesso de cruzamentos e incapacidade para contornar o muro esloveno.

Quis o destino que uma Sérvia pronta a morrer pelo cruzamento ganhasse também vida pelo cruzamento. No canto do cisne, Ilic colocou na cabeça de Jovic e o ex-Benfica deu vida à Sérvia na luta pelos oitavos de final. Os sérvios evitaram a segunda derrota em outros tantos jogos e pontuaram pela primeira vez frente a uma Eslovénia que já se está a tornar perita em empatar.

Ler artigo completo