Em resposta, o Japão enviou caças e disparou sinalizadores após a terceira incursão.
“A violação do espaço aéreo foi extremamente lamentável”, disse Kihara. “Enviámos hoje um protesto muito sério ao Governo russo através dos canais diplomáticos e encorajámo-lo fortemente a evitar que volte a acontecer”, sublinhou.
Esta foi a primeira vez que uma aeronave das Forças de Autodefesa do Japão disparou sinalizadores "numa ação anti-violação do espaço aéreo", disse o porta-voz do Governo, Yoshimasa Hayashi.
Esta foi também a primeira incursão de um avião russo no espaço aéreo nipónico desde junho de 2019, quando um bombardeiro Tu-95 entrou no espaço aéreo japonês no sul de Okinawa e junto às ilhas Izu, a sul de Tóquio, segundo as autoridades japonesas.
Hayashi não quis “dar informações definitivas sobre a intenção e o objetivo” da incursão, mas indicou que o exército russo “tem estado ativo” perto do Japão desde a invasão da Ucrânia. O Japão tem alinhado com a posição ocidental relativamente à invasão russa da Ucrânia, que se iniciou em fevereiro de 2022, garantindo apoio financeiro e material a Kiev e sancionando indivíduos e organizações russas.
Para além disso, o Japão e a Rússia estão envolvidos numa disputa territorial sobre um grupo de ilhas controlado por Moscovo que a antiga União Soviética tomou no final da Segunda Guerra Mundial.
O ministro da Defesa adiantou que a violação do espaço aéreo pode também estar relacionado com um exercício militar conjunto que a Rússia e a China anunciaram no início deste mês.
Na segunda-feira, a imprensa oficial chinesa anunciou que os exercícios navais conjuntos de Pequim e Moscovo no mar do Japão entraram na segunda fase. Os exercícios incluem cenários como escolta marítima e aérea, aviso e defesa, defesa aérea e de mísseis e exercícios de artilharia de fogo real.
c/ agências