Jerónimo Martins: lucros disparam 28% para os 756 milhões

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As vendas ultrapassaram, no final de 2023 os 30 mil milhões de euros. O EBITDA consolidado cresceu 17%. e a respetiva margem caiu 22 ppontos face ao ano anterior, refletindo o impacto do investimento em preço e a inflação.

O grupo Jerónimo Martins atingiu, no final de 2023, vendas de 30,6 mil milhões de euros, mais 20,6% (ou mais 18,1% a taxas de câmbio constantes) que no ano anterior, ao mesmo tempo que os resultados líquidos foram de 756 milhões, mais 28,2%. Em comunicado à CMVM, o grupo refere que, no quatro trimestre, as vendas aumentam 16,7% para 8,2 mil milhões de euros.

Já o EBITDA sobe 17% para 2,2 mil milhões de euros, com a respetiva margem a fixar-se nos 7,1% (7,3% em 2022). No quarto trimestre, o EBITDA cresceu 14,1% para 578 milhões, correspondendo a uma margem sobre as vendas de 7,1%. O Cash Flow no ano é de 345 milhões de euros e a dívida líquida situa-se nos 2,1 mil milhões.

“O nosso foco em competitividade de preço manteve-se ao longo de todo o ano perante uma conjuntura exigente e com os consumidores a revelarem-se ainda mais sensíveis ao preço e a oportunidades de poupança. A determinação na execução desta estratégia levou todas as insígnias a registarem sólidos crescimentos das vendas, com o LFL do Grupo a atingir 12,8%”, releva o grupo no mesmo comunicado. Em simultâneo, “as nossas Companhias continuaram a implementar ambiciosos planos de expansão e de remodelação, que fortaleceram a presença, qualidade e eficiência das respetivas cadeias nos mercados em que operam”.

“O forte desempenho conseguido ao nível das vendas em valor e em volume reforçou as nossas posições de mercado e protegeu a rentabilidade, levando o EBITDA consolidado a crescer 17%. A respetiva margem caiu 22 p.b. face ao ano anterior, refletindo o impacto do investimento em preço e a inflação registada ao nível dos custos”.

No final do ano, o balanço do grupo “apresentava-se sólido com uma posição líquida de caixa (excluindo a IFRS16) de 1,2 mil milhões de euros. O Pre-Tax ROIC consolidado foi de 26,8% (27,0% em 2022), refletindo o foco de todas as Companhias em proteger a rentabilidade através do crescimento de vendas num contexto de, simultaneamente, desaceleração da inflação alimentar e maior inflação nos custos.

Em linha com a política de dividendos, o Conselho de Administração “irá propor à Assembleia Geral de Acionistas o pagamento de um dividendo de 0,655 euros por ação (valor bruto), representando um aumento de 19,1% face ao valor por ação distribuído no ano anterior”.

O grupo diz ainda à CMVM que “avançou firmemente nas várias frentes de responsabilidade corporativa, mantendo a sua visão de longo prazo. Pelo quarto ano consecutivo, somos o retalhista alimentar a nível mundial com melhor avaliação pelo CDP (Disclosure Insight Action), na sequência da classificação máxima (A) que obtivemos em termos de combate às alterações climáticas (programa Climate Change) e do nível de liderança (A-) que alcançámos tanto na gestão da água enquanto recurso crítico (programa Water Security) como na gestão das matérias-primas mais associadas ao risco de desflorestação (programa Forests), e que são o óleo de palma, o papel/madeira, a carne bovina e a soja”.

Durante o ano, “destaque para a remoção total dos intensificadores de sabor e dos corantes artificiais na marca própria do Pingo Doce, um exemplo evidente do nosso compromisso com a promoção da saúde através da alimentação e do papel instrumental das marcas próprias para esse desígnio. O Pingo Doce é único retalhista em Portugal, e um dos poucos a nível mundial, a avançar com esta decisão”.

A Jerónimo Martins acrescenta que continua “a trabalhar e a investir para reduzir a nossa pegada carbónica e, no final de 2023, tínhamos cerca de .780 lojas e centros de distribuição com painéis fotovoltaicos instalados. As nossas maiores Companhias estiveram em destaque na iniciativa Lean & Green, com a Biedronka a manter a sua estrela e o Pingo Doce a conquistar as quatro estrelas, sendo a primeira empresa em Portugal e a quarta a nível europeu a consegui-lo. Internamente, investimos 312 milhões de euros em medidas de reconhecimento atribuídas aos nossos colaboradores, que somam aos 44,2 milhões de euros alocados no ano a programas de responsabilidade social interna e medidas de bem-estar”.

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