Jerónimo Martins tomba 7% e Lisboa contraria dia ‘verde’ na Europa

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As bolsas europeias denotaram o sentimento otimista dos mercados mas, por cá, o PSI terminou a sessão em perda. Os investidores recuaram, perante a divulgação de resultados da retalhista, cujos títulos perderam mais de 7% nas negociações.

A bolsa de Lisboa encerrou as negociações da sessão desta quinta-feira em terreno negativo, em face da descida de 7,35% nas ações da Jerónimo Martins, que encerraram em 19,92 euros.

A descida prende-se com a reação dos investidores à divulgação de resultados da empresa aos mercados, que foi feita na quarta-feira, após o encerramento dos mercados. A subida de 28% observada nos lucros, que alcançaram 756 milhões de euros.

Em resultado o PSI recuou 0,18%, até aos 6.192,75 pontos. Ainda em perda, a NOS derrapou 0,92%, para 3,46 euros. Por outro lado, a EDP Renováveis registou ganhos acentuados, na ordem de 4,29%, que lhe permitiram alcançar os 14,36 euros. Mais atrás, a Navigator encaixou 2,04% e atingiu os 3,804 euros.

Entre as mais importantes praças europeias, destaque para Espanha, cujo principal índice se adiantou 1,20%. Seguiu-se o agregado Euro Stoxx 50, que ganhou 1,19%. Mais atrás, Alemanha somou 0,81%, França encaixou 0,,77%, o Reino Unido chegou aos 0,54% e Itália ficou-se pelos 0,22%.

No mercado petrolífero, o crude está a cair 0,40%, agora abaixo dos 79 dólares por barril

“A generalidade das bolsas europeias encerrou em alta. As comunicações do BCE agradaram aos investidores”, pode ler-se na análise do departamento de Mercados Acionistas do Millenium Investment Banking.

Os analistas esclarecem que “apesar de ter mantido a taxa de juro de referência para a Zona Euro inalterada nos 4,5% e deixado para abril a avaliação de potencial início de corte de juros em junho, o Banco Central Europeu projeta agora um nível de inflação e de  crescimento económico inferior ao antecipado na anterior reunião e isso faz acreditar que o início desse ciclo estará mais próximo”, referem.

“Nos EUA os pedidos continuados de desemprego mostraram um arrefecimento do mercado laboral, um movimento potencialmente favorável à redução de pressões inflacionistas, refletindo-se numa descida das yields e que teoricamente beneficia os mercados de ações. Neste ambiente o setor Tecnológico acabou por estar entre os mais animados”, de acordo com a mesma análise.

“Em solo nacional a EDPR também aproveitou a conjuntura favorável e liderou os ganhos, ao disparar mais de 4%, contrastando com o tombo da J.Martins, perante desilusão das vendas na Polónia e perspetivas de que as suas margens continuarão pressionadas por redução de preço no consumidor, ao mesmo tempo de que custos aumentam com a pressão salarial. A retalhista acabou mesmo por arrastar o PSI para território negativo”, assinala-se.

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