JO. Atletas portugueses não vão dormir nas polémicas camas anti-sexo

As camas anti-sexo, feitas de papelão, que tanto debate geraram em 2021, nos Jogos Olímpicos de Tóquio, voltam a estar no centro da polémica. De um lado, há quem defenda que a rigidez das camas impede a prática de relações sexuais entre os atletas em competição. Do outro, a organização alega que se se trata de uma escolha sustentável. Uma coisa é certa: não serão um 'problema' para os atletas portuguesas.

À chegada à Vila Olímpica Paris 2024, os atletas que irão representar Portugal mostraram-se surpreendidos com a escolha das camas onde vão descansar durante os Jogos Olímpicos, que arrancam esta sexta-feira, dia 26 de julho, em Paris. A comitiva portuguesa será a única a dormir em camas inteligentes e ajustáveis.

"As melhores camas da aldeia olímpica", "obrigado pelo upgrade" e "o Comité Olímpico fez uma parceria para conseguirmos ter um melhor descanso e recuperação" foram alguns dos comentários feitos nas redes sociais pela Equipa Portugal Paris 2024, da qual fazem parte o skater Gustavo Ribeiro, a ginasta Filipa Martins, a ciclista Raquel Queirós, ciclista, a judoca Catarina Costa e, entre outros, os mesa-tenistas Marco Freitas e Tiago Apolónia.

O Comité Olímpico de Portugal optou pela Ergomotion enquanto parceiro oficial do sono da comitiva portuguesa. "Uma colaboração que garante aos atletas portugueses em competição uma cama 'smart' totalmente ajustável e adaptável a cada utilizador que, além de permitir a elevação de pernas, costas e cabeça, distingue-se por disponibilizar terapia de vibração, posição de gravidade zero, sistema automático anti-ronco e formas mais tranquilas de despertar", pode ler-se num comunicado da Ergomotion. 

"Todas estas funcionalidades impactam ativamente a qualidade do sono e na eficácia da recuperação física e mental", acrescenta, sublinhando que "a tecnologia integrada na cama ErgoSportive [foram instaldas 62 camas em Paris] rastreia ainda a qualidade do sono e, através das métricas avaliadas pelo sensor instalado na base da cama, permite monitorizar e analisar múltiplos índices de saúde, nomeadamente os períodos em sono leve e profundo, batimento cardíaco, respiração e até mesmo as calorias queimadas durante a noite".

Recorde-se que o espetáculo que marca o início da 33.ª edição dos Jogos Olímpicos, em Paris, realiza-se esta sexta-feira, pelas 18:30 (hora de Lisboa), e será transmitido na RTP. Até 11 de agosto, Portugal vai ter 73 atletas a competir em 15 modalidades. O país tem, este ano, a maior representação feminina de sempre no evento e, pela primeira vez, há mais atletas mulheres do que homens (37 e 36, respetivamente).