[Com que sentimento sai deste jogo?]
De frustração completa: não só devido ao momento em que sofremos o golo, mas basicamente por aquilo que conseguimos dar ao jogo.
De uma forma muito geral, acho que criámos o suficiente para chegar ao segundo golo e evitámos muito do que o Farense costuma fazer, à exceção de algumas bolas diretas, alguns duelos em que as vezes foram mais fortes, cruzamentos em zonas recuadas, como aconteceu no golo.
Pecámos no lance do golo, mas antes o Farense já podia ter aproveitado para marcar. No entanto, parece-me que pelo controlo que tivemos do jogo, por vezes chegámos a dominar, mas não fomos fortes no ataque a baliza, no remate, na finalização.
Tivemos muitas situações em que, em termos técnicos, falhámos. Acabámos por perder dois pontos.
[Que análise faz àquela situação com o Chiquinho?]
São situações lamentáveis: ainda há pouco na flash, disse que nós, Famalicão, vimos de duas semanas que não podem acontecer.
Em Famalicão [no jogo da última jornada, frente ao Sporting, que foi adiado por protestos dos polícias], estávamos à espera de um espetáculo desportivo, que é isso que é o futebol, e um número de pessoas decidiu andar à pancada. Inclusive, temos um colega que ficou estendido no chão e foi para o hospital.
Não é pela questão de ser meu amigo: o incrível é ainda vermos Pedros estendidos no chão à porta de um estádio.
Hoje, aconteceu outra coisa que não pode acontecer. Estas pessoas não podem entrar nos estádios: se isto acontecer numa sala de cinema, este senhor é expulso.
Temos de criar medidas urgentes porque vivemos todos do futebol e o espetáculo é para as pessoas por isso vamos-lhe dar coisas positivas.
[Substituição do Chiquinho foi consequência do que se passou?]
Muito sinceramente não é por aí: ele saiu por opção minha, mas percebeu-se perfeitamente que estava alterado e saiu alterado.