Joe Biden deu a entender que está a par dos planos de Telavive e adiantou que ficará "mais confortável" se Israel parar.
"O cessar-fogo deve ser imediato", sublinhou.
Washington tem afirmado que Israel não tem partilhado informações antecipadamente sobre as suas recentes operações militares contra o Hezbollah, especialmente o ataque que vitimou o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah.
Esta segunda-feira, o Pentágono afirmou aos jornalistas que está a debater com os homólogos israelitas "o rumo a seguir". "Continuamos a conversar com eles, a tentar saber mais", afirmou a porta-voz do Pentágono, Sabrina Singh, em conferência de imprensa.
"Continuamos o debate sobre o melhor rumo a seguir", garantiu, revelando que Israel avisou mas não coordenou com os Estados Unidos a realização de ataques contra alvos Houthi no Iémen.
Singh acrescentou que os EUA estão a enviar "alguns milhares" de soldados para o Médio Oriente para reforçar a segurança regional e, se necessário, para se prepararem para defender Israel.
O aumento da presença de soldados norte-americanos virá de vários esquadrões de caças, informou.
A imprensa norte-americana informou que Israel já pode ter realizado incursões terrestres "limitadas" no sul do Líbano.
O ministro da Defesa de Israel, confirmou esta segunda-feira que a próxima fase da guerra contra o Hezbollah na área "irá ter início em breve". O objetivo é garantir a missão principal de permitir o regresso da população israelita ao norte do país, de onde foi expulsa por bombardeamentos constantes oriundos do Líbano nos últimos 11 meses.
Guerra ameaça alastrar
Israel atingiu o Líbano com uma vaga de bombardeamentos nas últimas duas semanas, eliminando Hassan Nasrallah e diversos comandantes do Hezbollah mas matando cerca de mil libaneses e forçando cerca de um milhão de pessoas a fugir.
Hezbollah prometeu enfrentar os soldados israelitas em caso de invasão terrestre.
Jean-Noel Barrot, ministro francês dos Negócios Estrangeiros, em visita ao Líbano, apelou Israel a não prosseguir com a invasão e ao Hezbollah para refrear atos que possam "levar à desestabilização da região".
Barrot acrescentou que a França irá incrementar o seu apoio ao exército libanês. Disse ainda que sentiu por parte do seu homólogo libanês disponibilidade por parte do Líbano para acordar um cessar-fogo.
O primeiro-ministro libanês diz estar pronto para enviar o exército para junto da fronteira com Israel. A informação foi avançada pela Al Jazeera.