Joe Biden suspende durante 18 meses expulsão de palestinianos nos EUA

7 meses atrás 69

O Presidente norte-americano Joe Biden, criticado por parte do seu eleitorado pela sua política de firme apoio a Israel, decidiu suspender a expulsão de palestinianos que vivem nos Estados Unidos durante 18 meses, divulgou hoje a Casa Branca.

"À luz do conflito contínuo e das necessidades humanitárias no terreno", o Presidente dos EUA assinou um memorando que "protege a maioria dos palestinos que vivem nos Estados Unidos, com certas exceções", explicou o conselheiro de segurança nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, em comunicado.

As pessoas condenadas pelos tribunais ou "consideradas um perigo para a segurança pública" não vão beneficiar desta pausa nas expulsões, detalhou.

De acordo com o jornal New York Times, esta medida pode beneficiar cerca de 6 mil pessoas.

O presidente democrata, candidato a um segundo mandato, enfrenta críticas à sua posição em relação à guerra na Faixa de Gaza, vindas principalmente do eleitorado progressista e de norte-americanos de origem árabe.

Joe Biden, um fervoroso apoiante de Israel, revela, no entanto, cada vez mais a sua frustração com as operações militares levadas a cabo pelo Exército israelita na Faixa de Gaza.

Recentemente, o chefe de Estado norte-americano descreveu a resposta israelita como excessiva e aumentou os alertas sobre uma potencial ofensiva contra a cidade palestiniana de Rafah, na fronteira com o Egito.

O conflito na Faixa de Gaza entre o Hamas e Israel foi desencadeado após o ataque sem precedentes do movimento islamita palestiniano em território israelita, em 07 de outubro passado, em que morreram mais de 1.160 pessoas, na sua maioria civis, de acordo com uma contagem da agência noticiosa francesa AFP baseada em dados oficiais israelitas.

O Hamas, considerado terrorista pela UE, Estados Unidos e Israel, fez ainda 253 reféns, dos quais 130 ainda permanecem cativos em Gaza.

Em retaliação, Israel está a levar a cabo uma ofensiva militar em grande escala que já fez mais de 28.500 mortos em Gaza, a grande maioria civis, e dezenas de milhares de feridos, segundo os últimos dados do Ministério da Saúde do Hamas, que controla o enclave palestiniano desde 2007.

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