A Associação Chinesa de Futebol (CFA, na sigla em inglês) baniu 43 pessoas de participarem em atividades relacionadas com o futebol, devido ao seu envolvimento em manipulação de resultados e outras formas de corrupção.
Zhang Xiaopeng, um alto funcionário da polícia chinesa, divulgou esta terça-feira em conferência de imprensa os pormenores de uma "investigação de dois anos que revelou uma série de casos de apostas online, viciação de resultados e subornos", segundo a agência noticiosa oficial Xinhua.
Segundo a Xinhua, a investigação envolveu 120 jogos dos campeonatos chineses, 128 suspeitos de crimes e 41 clubes. Entre as pessoas banidas, 38 eram jogadores e cinco eram funcionários de vários clubes.
Os antigos jogadores da seleção chinesa Jin Jingdao, Guo Tianyu - que passou pelo Vizela em 2022, onde fez apenas três jogos - e Gu Chao foram proibidos de participarem em atividades relacionadas com o futebol para sempre.
Outros jogadores e dirigentes receberam punições menos severas, incluindo jogadores estrangeiros atraídos para a China pela promessa de salários elevados.
O sul-coreano Son Jun-ho, que jogava no Shandong Taishan, da China, e o camaronês Ewolo Donovan, que jogava no Heilongjiang Ice City, foram suspensos por cinco anos.
As ações de Son "violaram gravemente a ética e o espírito desportivo, causando um impacto negativo significativo na sociedade", de acordo com o comunicado da federação.
O Presidente chinês, Xi Jinping, prometeu fazer da China uma superpotência do futebol, mas as equipas masculinas não têm tido grande sucesso. As promessas de construção de novos campos e de contratação de pessoal ficaram aquém das expectativas, numa altura em que os clubes chineses se tentam reerguer após o impacto da pandemia de covid-19.