Jogadores da RD Congo manifestaram-se contra a guerra no seu país

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Na partida frente à Costa do Marfim, durante o início do hino da República Democrática do Congo, os jogadores e a equipa técnica congolenses taparam a boca e encostaram dois dedos à testa. Este gesto tem uma história por trás, manchada de sangue.

O conflito armado entre grupos rebeldes e as forças governamentais da República Democrática do Congo duram há décadas, assumindo novamente uma forte intensidade, levando, lamentavelmente, à fuga de milhares de pessoas das suas localidades e ao registo de alguns falecimentos.

Numa altura em que as forças políticas africanas têm-se reunido para resolver este conflito armado, a seleção de futebol da RD do Congo, através do gesto anteriormente referido, quis enviar uma mensagem a todo o mundo. François Kabulo, ministro dos desportos do país, prestou declarações no final da partida: «Queremos enviar uma mensagem ao mundo inteiro. Precisamos de uma reação da comunidade internacional, tal como aconteceu na Ucrânia e na Palestina. É uma rebelião injusta.»

Aos microfones da Bein Sports, o capitão da seleção, Chancel Mbemba, justificou o porquê do gesto: «Todos sabem o que se passa na República Democrática do Congo. Têm havido guerras e massacres durante 20 anos. Enviamos a mensagem que queremos. A União Europeia verá isto. Mostramos que há inúmeros massacres no Congo.»

O selecionador Sébastien Desabre, na conferência de imprensa após a partida, também falou desta manifestação. «Foi uma mensagem para mostrar apoio pelas vítimas, para mostrar que há coisas a acontecer e sobre as quais é necessário apontar os holofotes. Uma seleção nacional é a força de uma nação. E esta noite, foi nosso dever informar o que se está a passar», referiu o técnico.

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