Juiz pede a ex-braço direito de Trump que não comente caso na internet

4 meses atrás 99

Cohen vai depor na próxima segunda-feira, esperando-se que admita ter pagado, por instruções de Trump, à atriz pornográfica Stormy Daniels para a silenciar sobre o caso que manteve com o ex-presidente antes de este avançar para a ribalta política dos Estados Unidos.

O juiz emitiu este pedido depois de a equipa jurídica de defesa de Trump - que enfrenta 34 acusações, entre as quais falsificação de documentos comerciais - ter apresentado hoje um pedido de imposição de "ordem de silêncio ("gag order")" a Cohen.

A defesa do ex-chefe de Estado republicano argumentou que Michael Cohen usou a rede social TikTok para divulgar na quarta-feira um vídeo em que envergava uma 't-shirt' branca com uma imagem de Trump atrás das grades.

Cohen, que é uma das principais testemunhas do Ministério Público, cumpriu pena de prisão depois de se declarar culpado, em 2018, de acusações federais de financiamento de campanhas relacionadas com o plano para abafar o escândalo extraconjugal de Trump durante a campanha presidencial deste, em 2016.

Durante o julgamento criminal em curso há um mês em Nova Iorque - o primeiro julgamento de um ex-presidente na história dos Estados Unidos -, o ex-advogado de Stormy Daniels, Keith Davidson, disse que negociou um pagamento de 130 mil dólares (cerca de 120 mil euros) com Cohen em 2016 para garantir o silêncio de Daniels.

E Cohen afirmou em diversas ocasiões que realizou esse pagamento seguindo instruções de Trump.

Os procuradores do Ministério Público de Nova Iorque afirmam que o antigo Presidente e atual candidato presidencial republicano ocultou este ano intencionalmente registos comerciais para encobrir o pagamento de Cohen à atriz, argumentista e realizadora de filmes pornográficos.

Por seu lado, Trump - que tem uma "ordem de silêncio" neste caso e foi multado dez vezes por não a cumprir - tem repetidamente chamado mentiroso a Cohen.

"O que o juiz fez foi espantoso. Toda a gente pode dizer o que quiser [e eu] não posso dizer nada sobre ninguém", queixou-se Trump à comunicação social à saída do tribunal.

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