Justiça das Maldivas anula condenação a 11 anos de prisão de antigo PR

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Na sentença, que foi transmitida em direto, o juiz Huzaifa Mohamed considerou que o antigo presidente não teve oportunidade de se defender das provas apresentadas contra si.

A decisão do tribunal, num dos maiores casos de corrupção levados a julgamento neste país do Índico, "foi injusta", declarou o juiz, dias antes das eleições legislativas previstas para domingo.

Yameen foi condenado no final de 2022 a quatro anos de prisão por aceitar subornos e sete anos por branqueamento de capitais, mais uma multa de 5 milhões de dólares (4,7 milhões de euros), por não ter prestado contas de dois cheques de 500 mil dólares (470 mil euros) depositados na sua conta bancária em 2015, quando ainda exercia o cargo de Presidente do país.

O dinheiro, de acordo com a acusação, era o produto de um suborno de um empresário pelo arrendamento de uma ilha desabitada para o desenvolvimento do turismo, alegou o juiz.

Durante o julgamento, Yameen argumentou que os fundos transferidos se destinavam ao Partido Progressista das Maldivas (PPM), a que pertence, e alegou não ter conhecimento de que o dinheiro resultasse de subornos.

Yameen, visto como um defensor de alianças com a China, não conseguiu concorrer às eleições presidenciais do ano passado.

No entanto, Mohamed Muizzu ganhou as eleições presidenciais com base, nomeadamente, na promessa de libertar Yameen.

Este foi o segundo caso de corrupção pelo qual o antigo líder das Maldivas foi acusado, depois de ter sido condenado a cinco anos de prisão, em novembro de 2019, por beneficiar de um negócio de 90 milhões de dólares (perto de 84,8 milhões de euros) com o arrendamento de ilhas e lagoas para investimentos hoteleiros durante o seu mandato.

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