Justiça do Reino Unido rejeita ação de Trump contra ex-espião britãnico

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"Não existem razões convincentes" que justifiquem a realização de um julgamento, decidiu hoje o Supremo Tribunal britânico, porque "seja qual for o mérito da afirmação (...) o pedido de "compensação ou pagamento de danos está condenado ao fracasso".

A juíza Karen Steyn considerou que Donald Trump não foi capaz de "formular uma ação viável que tivesse hipóteses reais de sucesso (...) e optou por deixar passar muitos anos", dizendo acreditar ainda que o ex-Presidente pretendia, principalmente, "defender a sua reputação" através desta ação judicial.

Trump, candidato à nomeação do Partido Republicano para as eleições presidenciais dos EUA em novembro, recorreu ao Supremo Tribunal de Londres para pedir a aplicação da lei de proteção de dados para este documento, que reuniu informação não verificada e mencionava um alegado vídeo de natureza sexual.

O antigo Presidente dos EUA, de 77 anos, moveu esta ação judicial contra a empresa privada do ex-agente do serviços de informação britânicos (MI6), a Orbis Business Intelligence, e exigia uma indemnização por danos morais.

A ação visava em particular dois pontos deste relatório, nomeadamente aqueles que descrevem as supostas orgias que Donald Trump teria participado em São Petersburgo, bem como outros alegados encontros com prostitutas em Moscovo.

Encomendado pelos democratas durante a campanha para as eleições norte-americanas de 2016, o relatório de Christopher Steele alimentou a investigação do procurador especial Robert Mueller que, após dois anos, concluiu que havia provas de interferência russa na campanha eleitoral, mas não de conluio com a equipa de Donald Trump.

Se o ex-Presidente norte-americano reconhece que a consultora Orbis não é responsável pela publicação do relatório, acredita que foi esta quem processou os dados contidos no documento.

No relatório também se mencionam trocas de informações durante quase uma década com o Kremlin e sugere-se que o Presidente russo, Vladimir Putin, tinha estado a "apoiar e dirigir" durante "pelo menos cinco anos" uma operação para promover a candidatura de Donald Trump às eleições presidenciais norte-americanas.

Os advogados da empresa Orbis afirmaram que os seus clientes "não eram responsáveis" pelos possíveis danos à reputação de Donald Trump, causados pela publicação do documento sem o seu conhecimento, e que o processo tinha o único objetivo de "assediar a Orbis e Steele".

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