"Justiça". Moradores do Bairro do Zambujal contestam morte de Odair Moniz

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22 out, 2024 - 18:40 • Cristina Nascimento

Cerca de 100 moradores concentraram-se no Bairro do Zambujal, no concelho da Amadora. Descrevem Odair Moniz, que foi baleado mortalmente pela PSP na Cova da Moura, como um homem “bondoso” e dizem não acreditar que tivesse fugido ou ameaçado a polícia.

Cerca de 100 moradores do Bairro do Zambujal, no concelho da Amadora, concentraram-se esta terça-feira à tarde no coração do bairro, perto do local onde residia Odair Moniz, o homem que na segunda-feira morreu baleado por um agente da PSP.

“Justiça, justiça” e “a polícia é para defender, polícia não é para matar” foram algumas das palavras de ordem que se ouviram.

A Associação de Moradores “A Partilha” chamou os jornalistas para prestar esclarecimentos sobre os acontecimentos na Cova da Moura, na Amadora, onde Odair Moniz morreu.

“Foi o homem errado, na hora errada, no local errado”, disse Édgar Cabral, vice-presidente da associação, aos microfones da comunicação social.

Os relatos indicam que Odair Moniz terá fugido às autoridades e ameaçado elementos das forças de segurança com uma arma branca.

“Isso é o que dizem, até haver provas temos de esperar para saber o que aconteceu”, diz o vice-presidente, acrescentando de seguida: “não aconteceu, o Odair Moniz não faria isso”.

Édgar Cabral descreve Odair Moniz, de 43 anos, de origem cabo-verdiana, como uma “pessoa amiga, bondosa, amigo do amigo, ajudava a associação de moradores, por exemplo, na entrega do pão ou se algum idoso precisava de ajuda”.

Nas ruas do Bairro do Zambujal os ânimos continuam exaltados, há quem não queira os jornalistas por ali, mas com o ligar das câmaras e dos microfones repetem-se os apelos à justiça.

“Que seja feita justiça, que tudo seja claro, não queremos que seja, mais uma vez, uma morte em vão”, remata Édgar Cabral.

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