A tentativa de assassínio de Donald Trump, sábado à noite num comício na Pensilvânia, desviou as atenções que estavam fixas nas sucessivas gafes e demonstrações de fragilidade de Joe Biden. No entanto, a condição do Presidente poderá voltar a ganhar centralidade se, devido ao atentado, a campanha republicana embalar para sondagens ainda mais favoráveis do que as que vinha a ter. E mais ainda se Biden continuar a embaraçar o partido com deslizes, equívocos e gestos próprios de quem está ausente.
Kamala Harris e Joe Biden entraram na Casa Branca a 20 de janeiro de 2021
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Por ser a outra metade do ticket presidencial, a vice-presidente é a democrata mais bem posicionada para substituir Joe Biden como candidata do partido às eleições de 5 de novembro, se o atual Presidente dos Estados Unidos abandonar a corrida. Apesar de ter experiência política de sobra, a conjuntura requer sensibilidade… “Kamala Harris tem de parecer capaz e pronta para o cargo. Ao mesmo tempo, se der demasiados sinais disso, poderá parecer que está a tentar roubar o lugar a Biden”, alerta um investigador de Relações Internacionais