Kokçu fez do erro a sua fortuna

Médio

23 anos

Orkun Kokçu

Do erro ao paraíso

Primeira parte positiva na influência com bola, mas marcada negativamente por um lapso gravíssimo. Passe errado na primeira fase de construção, primeiro remate de Mujica defendido por Trubin e o segundo, de Cristo, a acabar nos montes arouquenses, quando o golo era o único destino aceitável. No segundo tempo, o paraíso na relva: um golo simples a abrir e uma assistência para o golaço de Musa, entre receções, passes e duas mãos cheias de ações meritórias. Grande exibição, condicionada - lá está - por um erro cuja consequência não foi gravosa porque... Cristo não quis. 

Avançado

30 anos

Rafa Silva

Speedy Silva

Um golo, uma assistência para Kokçu marcar, arrancadas ao seu estilo e um jogo como gosta. O Arouca, atrevido, criou o espaço para Rafa ser o Speedy Silva e espalhar o pânico na defesa da equipa de Daniel Sousa. Foi apanhado em fora-de-jogo num par de vezes, falhou mais um golo completamente isolado (tem a boa desculpa do relvado irregular) e saiu a discutir com Kokçu o prémio de melhor em campo. Uma grande noite. 

Médio

33 anos

David Simão

O pé esquerdo do David

Sim, o pé esquerdo do David. Ainda joga muito. Aos 33 anos conhece os ritmos, os momentos, o caminho para o passe perfeito. Abriu à direita, à esquerda, soube sair de pressão e ainda assustou Trubin num livre direto, descaído para a direita. Maestro e patrão, um senhor jogador. Ainda. 

Avançado

35 anos

Ángel Di María

Campeão do mundo no QI

A inteligência futebolística de Di María é soberba. Veja-se a tentativa de golo quase do meio-campo, na segunda parte. Sem levantar os olhos da relva, pressentiu o desposicionamento de Arruabarrena e atirou. Atirou de uma zona reservada aos génios e aos inconscientes. Não foi golo por centímetros. Foi dele o passe soberbo para o golo de Rafa no 1-0, naquele movimento típico de sair da direita e procurar a zona central. Está no melhor período desde o regresso à Luz. 

Guarda Redes

22 anos

Anatoliy Trubin

Luvas e cérebro

Não é só a forma como encaixa e não larga. É também a serenidade com que sai da baliza e joga com os pés. Não é perfeito, em determinados momentos ainda hesita, mas a segurança exalada já é mais do que suficiente para escrever isto: o Benfica ficou a ganhar com a saída de Vlachodimos - apesar do processo mais do que discutível da mesma. Roubou um golo a Mujica na primeira parte, num daqueles momentos que dão pontos. 

anos

Petar, o acrobata

Mais 18 minutos em campo, suficientes para reclamar mais tempo e espaço nas escolhas de Schmidt. O golo é belíssimo, meio acrobata e meio artístico, quase um decalque do momento de Cabral em Salzburgo. Sem ser utilizado com a frequência que desejaria, Musa já leva seis golos e duas assistências esta época. O treinador não lhe garante a permanência para lá de janeiro, mas talvez tenha ainda muito a dar ao Benfica. 

Avançado

26 anos

Cristo González

Aquele falhanço...

Como é que um jogador com nota 6 é a desilusão da partida? Expliquemos o paradoxo. Cristo confirmou ser um executante de grande nível, teve pormenores deliciosos e uma exibição de nível mais do que suficiente. Mas falhou o que não poderia ter falhado. Com Trubin caído e a baliza aberta, rematar por cima era uma impossibilidade. O Arouca perdeu ali a melhor oportunidade da noite. Teria sido o 1-1 antes do intervalo.