La Roja de volta, ou mais uma final para Les Bleus?

2 meses atrás 64

Se uma das seleções procura a sua quarta final em oito anos, a outra tenta regressar aos dias de glória... onde até fez parecido. 

Espanha e França têm encontro marcado, na noite desta terça-feira, em pleno Allianz Arena. Em causa está apenas e só: o bilhete dourado que pode levar uma destas seleções à glória eterna. De um lado estão os franceses que procuram a quarta final em fases finais em apenas oito anos (!) - Euro 2016, Mundial 2018 e Mundial 2022. Do outro estão os espanhóis, que até fizeram parecido entre 2008 e 2012. A verdade é que a La Roja não faz parte do jogo das grandes decisões desde, lá está, aquele arrebatador 4-0 sobre a Itália.

A passagem às meias-finais fez-se de maneira parecida. França x Portugal e Alemanha x Espanha. Os franceses precisaram de ir até à marca das grandes penalidades para eliminar a seleção portuguesa (0-0, 3-5 g.p.), já os espanhóis só o evitaram porque Mikel Merino, aos 119', decidiu dizer Auf Wiedersehen (adeus) à equipa anfitriã (2-1). Destes dois confrontos surgiram alguns imprevistos que vão obrigar a alterações nas equipas, especialmente para Luis De La Fuente.

La Roja

O técnico de 63 anos não vai poder contar com Dani Carvajal (Suspensão), Le Normand (Suspensão) e Pedri (Lesão). Para os seus lugares devem entrar Jesús Navas, Nacho e Dani Olmo. Olmo terá papel fundamental na manobra ofensiva da seleção de nuestros hermanos. O médio do Leipzig tem sido utilizado quase sempre a partir do banco, mas já conta com dois golos marcados e dois passes para golo. Lamine Yamal e Nico Williams completam este trio que joga nas costas do capitão Morata.

«Caos organizado» é a expressão certa para caracterizar a formação de De La Fuente. Rodri e Fabián Ruiz são o cérebro. Passe, receção, temporização e classe. Olmo, Yamal e Nico os causadores de pânico. Irreverência, arrogância, drible e ousadia. Uma receita que resultou, até ao momento, em: cinco vitórias em cinco jogos.

Les Bleus

Didier Deschamps volta a poder contar com Rabiot, mas a verdade é que Tchouaméni e Camavinga mostraram contra Portugal que as rotinas de Real Madrid acrescentam coisas diferentes ao jogo francês. Kanté é imprescindível, por isso aí não vai haver mexida. A alteração mais plausível parece ser a da entrada de Marcus Thuram para o lugar de Randal Kolo Muani, que não conseguiu justificar a sua utilização frente à seleção lusa (Rúben Dias e Pepe imperiais).

A verdadeira questão é: e Kylian Mbappé? O mais recente galáctico saiu com algumas queixas no jogo dos quartos-de-final, devido à lesão no nariz. Lesão que parece estar a assombrar as mais recentes exibições do avançado de 25 anos. As prestações cinzentas dos Les Bleus coincidem com as, também cinzentas, exibições do ex-PSG. A verdade é só uma para a seleção gaulesa: o céu tornará a ficar azul tão rapidamente quanto Kylian se voltar a sentir bem, porque Mbappé é um desses jogadores... em dia «sim» é capaz de alterar o destino até da mais certa meteorologia (que o diga Messi e companhia que apanharam um belo susto em 2022).

Histórico

Quanto ao histórico. No cômputo geral há vantagem para a seleção espanhola. Levou de vencida a seleção francesa em 16 dos 36 confrontos, mas quando observamos o histórico em Campeonatos da Europa, a história é outra. A seleção gaulesa venceu no Euro 84' - final do torneio - e no Euro 2000 - quartos-de-final -, ao passo que La Roja apenas saiu por cima no Euro 2012 - também quartos-de-final do torneio que acabara por conquistar. Destaque ainda para o empate no Euro 1996, na segunda jornada do Grupo B. Esta é, portanto, a primeira vez que espanhóis e franceses ditam o destino uns dos outros numa meia-final de um Europeu. Dir-se-á adiós ou au revoir

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