Lai defende que República Popular da China não tem direito de representar Taiwan

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"A República da China [nome oficial de Taiwan] enraizou-se em Taiwan, Penghu, Kinmen e Matsu. A República da China e a República Popular da China não estão subordinadas uma à outra", afirmou, sob aplausos, durante um discurso, proferido em frente ao palácio presidencial de Taipé, nas celebrações do Dia Nacional.

Lai sublinhou que, enquanto presidente, a sua responsabilidade é "salvaguardar a sobrevivência e o desenvolvimento" de Taiwan, unindo o povo e defendendo a soberania da ilha contra qualquer tentativa de "invasão ou anexação".

"Taiwan está determinada a manter a paz e a estabilidade no estreito de Taiwan, contribuindo para a segurança e a prosperidade globais. Estamos igualmente dispostos a trabalhar com a China para fazer face às alterações climáticas, prevenir doenças infecciosas e garantir a segurança regional", afirmou o líder taiwanês.

Sublinhou ainda que, no meio das crescentes tensões globais, a China deve exercer a sua influência diplomática e trabalhar com outros países para "acabar com as guerras na Ucrânia e no Médio Oriente".

"Esperamos também que a China se junte a Taiwan para assumir responsabilidades internacionais e contribuir para a paz, a segurança e a prosperidade na região e no mundo", afirmou.

Nos últimos dias, as ruas de Taipé e de várias cidades da ilha encheram-se de bandeiras para celebrar o Dia Nacional da República da China, uma data que comemora o início da Revolução Xinhai, a 10 de outubro de 1911, que terminou com o derrube da última dinastia imperial e a criação de uma república.

Depois da vitória das tropas comunistas na guerra civil chinesa (1927-1949), Mao Zedong proclamou a criação da República Popular da China em 01 de outubro de 1949, o que levou o governo da República da China, então liderado pelo nacionalista Chiang Kai-shek, a retirar-se definitivamente para Taiwan em dezembro do mesmo ano.

Desde então, Taiwan tem sido governada autonomamente, embora o seu estatuto internacional tenha sido consideravelmente reduzido nos últimos anos devido à pressão diplomática de Pequim, que reivindica a soberania sobre a ilha.

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