Lapid oferece-se para substituir ultranacionalistas no Governo israelita

7 meses atrás 69

Lapid expressou tal intenção em declarações ao Canal 12, referindo-se ao ministro da Segurança Nacional do executivo liderado por Benjamin Netanyahu, Itamar Ben Gvir, e ao seu ministro das Finanças, Bezalel Smotrich.

Ambos afirmaram que os seus partidos, Otzma Yehudit e Sionismo Religioso, respetivamente, impedirão um acordo que inclua concessões ao movimento islamita palestiniano Hamas.

Já na terça-feira, Lapid tinha indicado que o Yesh Atid poderia funcionar como "rede de segurança" para o Governo, em caso de os ultranacionalistas se oporem a um acordo com o Hamas.

Tanto Ben Gvir como Smotrich protagonizaram polémicas devido ao seu discurso de extrema-direita e contra a população palestiniana, que querem fora da Faixa de Gaza.

A 07 de outubro, combatentes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) -- desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel - realizaram em território israelita um ataque de proporções sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo 1.139 mortos, na maioria civis, e cerca de 250 reféns, 132 dos quais permanecem em cativeiro e 29 presumivelmente mortos, segundo o mais recente balanço das autoridades israelitas.

Em novembro, foram libertados 105 reféns, no âmbito de um acordo nos termos do qual Israel se comprometia a libertar o triplo de cidadãos palestinianos encarcerados nas suas prisões.

Em retaliação, Israel declarou uma guerra para "erradicar" o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre ao norte do território, que depois se estendeu ao sul.

A guerra entre Israel e o Hamas, que hoje entrou no 117.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza 26.900 mortos, quase 66.000 feridos e 8.000 desaparecidos, na maioria civis, de acordo com o último balanço das autoridades locais, e quase dois milhões de deslocados (mais de 85% dos habitantes), mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado e pobre numa grave crise humanitária, com toda a população afetada por níveis graves de fome, que já está a fazer vítimas, segundo a ONU.

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