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A líder do partido francês de extrema-direita Rally Nacional (RN), Marine Le Pen, convidou a primeira-ministra italiana e líder do Irmãos de Itália, Giorgia Meloni, a formar um 'supergrupo' no Parlamento Europeu.
A comprovar-se, significaria a união do Identidade & Democracia (ID) - ao qual pertence o partido de Le Pen e o Chega, de Portugal - e o grupo dos Reformistas e Conservadores Europeus (ECR, na sigla em inglês) - ao qual pertence o partido de Meloni.
A 9 de junho, os diferentes Estados-membros da União Europeia votam para eleger os seus representantes no Parlamento Europeu, e as últimas semanas ficaram marcadas pela polémica expulsão do partido alemão de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD) do ID.
"Agora é a hora de nos unirmos, seria muito útil", disse Le Pen ao jornal italiano Corriere della Sera, acrescentando: "Acho que concordamos nas questões essenciais. [...] Se tivermos sucesso, poderemos ser o segundo grupo no Parlamento Europeu. Acho que não devemos perder uma oportunidade como esta".
O RN, recorde-se, foi o primeiro partido a mostrar desconforto com as declarações do cabeça de lista da AfD para estas eleições, Maximilian Krah, que disse que nem todos os membros da organização nazi Schutzstaffel (SS) "eram criminosos".
O grupo ID inclui, para além do RN, o partido da Liberdade Holandês (PVV) de Geert Wilders e o partido da Liberdade da Áustria (FPÖ). Já o ECR inclui, para além do partido de Meloni, o polaco Lei e Justiça (PiS) e o Vox, de Espanha.
A proposta de Le Pen implicaria uma reconfiguração total dos dois grupos no Parlamento Europeu, já que o ID é considerado um aglomerado mais à Direita ideologicamente que o ECR.
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