Legislativas 2024: Ramalho Eanes considera que estas “eleições são especiais e importantes”

6 meses atrás 65

O antigo Presidente da República alertou para as questões internacionais e do perigo que as mesmas podem trazer para Portugal e assumiu que existirem eleitores indecisos é um bom sinal. “Portugueses não estão a votar de maneira ‘clubística'”, referiu.

Ramalho Eanes considera que as Eleições Legislativas que se realizam este domingo, 10 de março, “são especiais e importantes”, dado os sinais preocupantes que são transmitidos pelas questões internacionais e que podem impactar Portugal do ponto de vista demográfico, social e económico.

“O mundo está a começar mal e promete ficar pior. A campanha foi interessante tive pena que não tivesse tratado da questão internacional e dos perigos que daí advém para o país. Estou preocupado com a situação no mundo”, referiu o antigo Presidente da República, que exerceu o seu direito de voto esta tarde em Lisboa.

Questionado sobre estaria preocupado com a abstenção e de existirem muitos portugueses indecisos em relação ao sentido de voto, aquele que foi o primeiro Chefe de Estado eleito após o 25 de Abril, defendeu que essa indecisão é positiva.

“Estou convencido que contrariamente ao que tenho ouvido dizer os indecisos representam um bom sinal. É um sinal que os portugueses não estão a votar de maneira ‘clubística’, mas a votar depois de meditarem e refletirem no que é melhor para o país”, salientou Ramalho Eanes.

Segundo dados divulgados pelo Ministério da Administração Interna (MAI), cerca de 25,21% dos 10.819.122 eleitores inscritos nas eleições legislativas de hoje tinham votado até às 12h00, o que representa uma percentagem de participação superior à das últimas legislativas, realizadas em 30 de janeiro de 2022, quando a afluência média às urnas à mesma hora se estimava em 23,27%.

Segundo a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI), podem votar 10.819.122 eleitores. No total, serão eleitos 230 deputados, em 22 círculos eleitorais – 18 dos quais em Portugal continental e os restantes nos Açores, na Madeira, na Europa e fora da Europa -, num ato eleitoral que terá um custo a rondar os 24 milhões de euros.

Concorrem a estas eleições legislativas antecipadas 18 forças políticas, menos três do que nas eleições de 2019 e 2022.

A Nova Direita é o único partido estreante neste ato eleitoral, juntando-se a PS, Aliança Democrática (PSD/CDS/PPM), Chega, IL, BE, CDU (PCP/PEV), PAN, Livre, Nós, Cidadãos!, Alternativa 21 (MPT/Aliança), ADN, PTP, RIR, JPP, Ergue-te, Volt Portugal e PCTP/MRPP.

Ler artigo completo