Lembra-se do 10-0 do Benfica ao Nacional? Faz este sábado cinco anos

Faz este sábado cinco anos de uma das maiores goleadas que o futebol português já conheceu, a maior, se em conta tivermos apenas o novo milénio. Jogava-se a jornada 21 da I Liga, quando o Benfica arrasou o Nacional de Costinha de forma inapelável, com um 10-0 que se tornou presságio de um (potencial) campeão nacional em formação e de uma turma insular em perigo de queda (que se confirmaria) ao segundo escalão.

Bruno Lage contabilizava o nono jogo ao leme do Benfica, numa altura em que o clube da Luz se aproximava de forma «fatal» do então líder e única equipa capaz de derrubar as águias nessa série de jogos: o FC Porto, na Taça da Liga. Dos sete pontos de desvantagem quando o técnico assumiu o leme, os encarnados ficariam a um...

Uma tarde de recordes e do inconformismo ofensivo de uma águia que, pouco mais de um mês antes, tinha sido alvo de chicotada psicológica com a saída de Rui Vitória. Sensivelmente, 38 dias depois, a crença na reconquista do título de campeão nacional ganhava contornos sólidos. Uma volta anímica de 180º certificada pela dose industrial de golos registados naquela tarde de fevereiro, capaz de honrar da melhor forma o homenageado, Fernando Chalana.

Ao intervalo, o placard marcava 3-0. O futebol deslaçado fazia antever «exibição de gala», mas as proporções do resultado fizeram o país futebolístico abrir a boca de espanto. Ao golo embrionário de Grimaldo e ao bis de Seferovic na primeira meia hora, seguir-se-ia a chapa 7 da segunda parte.

João Félix, Pizzi, Ferro, Rúben Dias, Jonas (x2) e Rafa elevaram o resultado a esteroides e não deram outra alternativa ao Playmakerstats, que não vasculhar os recordes batidos em série, num dos dias mais atarefados da plataforma.

Os sete golos na segunda parte perfizeram uma fasquia nunca antes vista em 30 anos - entretanto, 35 -, apenas ao alcance da versão encarnada de 1989, no 7-0 imposto ao Penafiel.

Com 20 festejos até então, o Benfica conseguiu a proeza de anotar metade dos tentos angariados, nos oito (!) jogos anteriores, além do maior triunfo para a I Liga, em mais de 50 anos. 

Do lado insular, o dilúvio também trouxe novidades. O 10-0 de 2019 superou a maior goleada encaixada pelos nacionalista. Em 1939, e também com as águias como carrascas, os madeirenses tinham já sucumbido (0-9), na Pérola do Atlântico, no primeiro jogo da história entre as equipas.