Líder da Renamo pede luto nacional em Moçambique por naufrágio que matou pelo menos 98 pessoas

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"Exigimos que o Governo decrete luto nacional e que este momento seja reconhecido pelas autoridades como mais um sinal de negligência e falta de segurança públicas", escreveu Ossufo Momade, na sua conta oficial na rede social Facebook.

"Ficámos bastante comovidos e preocupados ao saber que a embarcação em causa é de pesca e não estava vocacionada para o transporte de pessoas o que nos leva a uma reflexão sobre a necessidade da segurança marítima", acrescentou o líder do maior partido da oposição moçambicana.

Também o ex-Presidente de Moçambique Armando Guebuza mostrou-se "profundamente consternado" com o acidente.

"Às famílias enlutadas endereçamos os nossos mais profundos sentimentos de pesar", escreveu Guebuza, que esteve no cargo durante dez anos, até 2015.

As autoridades moçambicanas atualizaram hoje para 98 o número de vítimas mortais na sequência do naufrágio ocorrido no domingo na província de Nampula, norte de Moçambique.

"Neste momento temos um total de 98 óbitos, 13 sobreviventes e os restantes estão desaparecidos. Era uma embarcação com cerca de 130 pessoas", disse à Lusa a porta-voz da Polícia da República de Moçambique (PRM) na província de Nampula, Rosa Chauque.

De acordo com as autoridades marítimas moçambicanas, a embarcação de pesca não estava autorizada a transportar passageiros nem tinha condições para o efeito.

As pessoas que transportava fugiam, de acordo com a mesma fonte, a um surto de cólera no continente, com destino à Ilha de Moçambique.

As vítimas morreram na sequência do naufrágio de uma embarcação sobrelotada que saiu do posto administrativo de Lunga com destino à Ilha de Moçambique, avançou a porta-voz da PRM no balanço feito à Lusa.

"Trata-se meramente de um barco de pescadores, uma embarcação que não tinha capacidade para o número de pessoas que levava. Continuam a decorrer as buscas", acrescentou.

Relatos locais indicam que as vítimas, incluindo crianças e famílias completas, estão a ser enterradas de imediato, por falta de condições para a conservação dos corpos.

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