Líder da Sonae destaca “grito de mudança” nas eleições e apela aos partidos: “entendam-se”

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13 mar, 2024 - 15:10 • Sandra Afonso

Cláudia Azevedo pede estabilidade aos partidos e admite potencial impacto das eleições no grupo. São declarações na apresentação das contas de 2023, ano que a Sonae fechou com lucros de 357 milhões.

Em dia de apresentação de resultados, Cláudia Azevedo diz que “as pessoas sentem que as políticas não tratam da sua vida” e pediu aos partidos que “deixem-se de politiquices”. Segundo a CEO do grupo, “é importante, qualquer que seja a solução governativa, que haja estabilidade".

São declarações no dia em que a Sonae apresentou lucros de 357 milhões em 2023, o que permitiu à empresa pagar 85 milhões em prémios de desempenho no último ano. Aos acionistas propõem entregar 5,6 cêntimos por ação.

Ainda sobre o atual momento governativo, Cláudia Azevedo pede respostas para a justiça, a educação e a saúde. A empresária deixa mesmo a pergunta: "Porque não nos podemos entender todos para termos políticas de futuro, que é o que tem faltado a Portugal?"

Cláudia Azevedo acrescenta ainda que esta falta de respostas a preocupa mais do que “o cenário de Portugal estar sempre em eleições”. Pede aos partidos que se entendam, porque as empresas farão a sua parte.

Eleições com “potencial impacto significativo” nos negócios

Este é um ano recheado de eleições, já sabemos, mas a líder da Sonae sublinha que afetam os negócios e, eventualmente, a atividade do grupo português de retalho.

“Após as eleições gerais em Portugal, teremos eleições para o Parlamento Europeu e para a presidência dos EUA, todas com potencial impacto significativo nas perspetivas futuras dos nossos principais negócios”, avisa Cláudia Azevedo.

A economia enfrenta ainda vários desafios: “tensões geopolíticas, preocupações climáticas e avanços tecnológicos".

Sonae contesta imposto por lucros excessivos

Destaque ainda para a mais recente tributação, extraordinária, o imposto sobre os lucros excessivos, que o ministro Fernando Medina aplicou sobre a distribuição alimentar e energia. No caso da Sonae, implica a entrega ao Estado de 1,3 milhões, um pagamento que o grupo vai contestar.

Uma garantia deixada esta manhã por João Dolores, Director Financeiro, durante a apresentação das contas do grupo Sonae.

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