Líder do Hezbollah seria alvo dos ataques de Israel a quartel em Beirute

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O líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, seria o alvo do ataque israelita levado a cabo esta sexta-feira contra o quartel-general do movimento armado libanês, na periferia sul de Beirute.

A informação foi avançada pela agência Reuters, que adiantou que o responsável está vivo e em segurança, citando a imprensa internacional.

Ainda assim, a televisão al-Manar, do Hezbollah, disse que quatro prédios foram destruídos e houve várias vítimas nos ataques.

Segundo o porta-voz do Exército israelita, o contra-almirante Daniel Hagari, as Forças Armadas "realizaram um ataque preciso ao quartel-general da organização terrorista Hezbollah em Dahiyeh [termo árabe para subúrbio]", situado na capital libanesa.

Os ataques ocorreram após o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, ter prometido continuar a ofensiva contra a milícia no Líbano, durante um discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

"Israel tem todo o direito de remover esta ameaça e devolver os nossos cidadãos às suas casas em segurança. E é exatamente isso que estamos a fazer. (...) Continuaremos a enfraquecer o Hezbollah até que todos os nossos objetivos sejam alcançados", garantiu Netanyahu.

Saliente-se que, perante o agravamento da situação militar, os Estados Unidos e a França, acompanhados por vários países ocidentais e árabes, lançaram um apelo a um cessar-fogo de 21 dias, que foi rejeitado na quinta-feira por Israel, que prometeu combater o Hezbollah "até à vitória".

Os ataques israelitas de quinta-feira causaram 92 mortos e 153 feridos, segundo as autoridades libanesas.

O Exército israelita informou na quinta-feira que "ataques precisos" tinham matado o chefe da unidade de drones do Hezbollah, Mohammed Srour. A morte do dirigente foi confirmada pelo movimento xiita libanês apoiado pelo Irão.

De acordo com uma fonte próxima do Hezbollah, Mohammed Srour era um dos principais comandantes do movimento enviado para o Iémen para treinar os rebeldes huti, igualmente apoiados pelo Irão.

Os bombardeamentos israelitas, que mataram mais de 700 pessoas desde segunda-feira, muitas delas civis, provocaram mais de 90 mil de deslocados internos, segundo a ONU. Por outro lado, mais de 31 mil refugiados entraram na Síria, de acordo com Beirute.

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