Líder supremo do Irão aprovou candidatura de Masoud Pezeshkian à presidência

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Durante a cerimónia de aprovação, o Ayatollah Ali Khamenei instou Pezeshkian a dar prioridade aos países vizinhos, africanos e asiáticos, bem como aos países que "apoiaram e ajudaram" o Irão nas políticas de relações externas de Teerão.

Khamenei criticou as nações europeias por "se comportarem mal" com o seu país ao adotarem sanções e um embargo petrolífero e por denunciarem alegadas violações dos direitos humanos.

Condenou também Israel pelas suas ações em Gaza, que causaram a morte de crianças, mulheres e pessoas hospitalizadas "que não dispararam uma única bala" contra as forças israelitas.

"O regime sionista está a mostrar a sua face mais feia como criminoso de guerra", disse Khamenei, acusando Israel de estabelecer um "novo recorde de assassinatos" e crueldade.

Khamenei também denunciou o Congresso dos Estados Unidos por permitir que o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, se dirigisse ao órgão legislativo.

Falando na mesma cerimónia, Pezeshkian prestou homenagem ao general Qassem Soleimani, o arquiteto das atividades militares regionais do Irão, que foi morto num ataque de drones dos Estados Unidos, em 2020.

Reiterou a sua promessa de prosseguir uma política externa "construtiva e eficiente", reforçar o Estado de direito, oferecer igualdade de oportunidades aos cidadãos, apoiar as famílias e proteger o ambiente.

No seu primeiro ato oficial no cargo, Pezeshkian nomeou Mohammad Reza Aref, de 72 anos, como seu primeiro vice-presidente.

Aref, que é considerado um reformista moderado, ocupou o cargo entre 2001 e 2005, durante o mandato do antigo presidente Mohammad Khatami. Aref tem um doutoramento em engenharia pela Universidade de Stanford.

Pezeshkian substitui o seu antecessor Ebrahim Raisi, cuja morte num acidente de helicóptero em maio provocou a realização de eleições antecipadas. Pezeshkian fará o juramento de posse no parlamento na terça-feira e terá duas semanas para formar o seu próprio gabinete para um voto de confiança no parlamento.

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