Lideranças hospitalares fracas? "Obviamente que o Governo se revê"

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"Obviamente que o Governo se revê nas declarações sobre vários aspetos que a Senhora Ministra da Saúde [Ana Paula Martins] tem feito, designadamente da importância de valorizar os profissionais, a gestão e as direções", disse António Leitão Amaro na conferência de imprensa no final do Conselho de Ministros, em resposta aos jornalistas sobre esta questão.

Na passada quarta-feira, Ana Paula Martins afirmou na Comissão de Saúde que as lideranças em saúde são fracas e defendeu que "tem de haver escrutínio, tem de haver avaliação de desempenho para os gestores".

Para o ministro da Presidência, a referência da ministra da Saúde não é sobre várias administrações hospitalares, mas sobre uma, nomeadamente a da Unidade Local de Saúde (ULS) de Viseu Dão-Lafões, cujo conselho de administração se demitiu, entretanto, em bloco, alegando "quebra de confiança política" por parte de Ana Paula Martins.

António Leitão Amaro disse ser um caso que conhece "particularmente bem", adiantando que a administração hospitalar do Hospital de Viseu decidiu "à revelia do Governo" o encerramento da urgência pediátrica.

"O Governo imediatamente deslocou-se ao hospital e a senhora ministra até esteve quatro horas em reunião, co-desenhando um plano" para que a situação se resolvesse, contou.

Segundo o ministro, o Governo "fez a sua parte", mas "aparentemente o próprio" conselho de administração não se sentiu capaz de executar as medidas que eram necessárias para cumprir o compromisso "com a população da região de Viseu".

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