Líderes da UE em "consultas intensivas" para Hungria aprovar apoio a Kyiv

7 meses atrás 64

Fontes europeias avançaram hoje, após a reunião desta manhã dos representantes permanentes de cada Estado-membro da UE, que, a pouco mais de uma semana de os líderes da UE se reunirem em cimeira europeia extraordinária para discutir a revisão do orçamento a longo prazo e uma reserva financeira para Kyiv, "a prioridade absoluta é chegar a uma solução a 27 para a revisão do Quadro Financeiro Plurianual [QFP], incluindo o mecanismo para a Ucrânia".

"A Hungria confirmou que estão a decorrer consultas intensivas em Bruxelas e em Budapeste para encontrar uma solução que seja aceitável para os 27 Estados-membros", assinalaram as mesmas fontes, especificando que, de momento, as negociações para uma eventual 'luz verde' na cimeira extraordinária de 01 de fevereiro "ocorrem entre os líderes/sherpas [representantes dos chefes de Governo e de Estado] e o presidente do Conselho Europeu", Charles Michel.

Hoje mesmo, os eurodeputados correlatores para negociações da revisão do orçamento plurianual da União UE, incluindo a socialista Margarida Marques, pressionaram os líderes europeus a um acordo na próxima semana nesta reforma, que inclui apoio financeiro à Ucrânia.

As declarações surgem depois de, em meados de dezembro, não ter sido possível alcançar um acordo sobre a revisão do Quadro Financeiro Plurianual (QFP) 2024-2027, no qual está prevista uma verba de 50 mil milhões de euros de apoio à reconstrução e modernização da Ucrânia.

Possíveis alternativas seriam as de avançar com apoio à Ucrânia, como assistência macrofinanceira, apenas entre 26 Estados-membros, excluindo a Hungria, mas os países preferem uma opção que inclua Budapeste.

Previsto está que, no Conselho Europeu extraordinário da próxima semana, se aborde a questão do apoio militar à Ucrânia, para avançar nomeadamente com uma verba de cinco mil milhões de euros no âmbito do Mecanismo Europeu de Apoio à Paz, de acordo com as fontes comunitárias.

"Não se espera que seja tomada qualquer decisão durante a cimeira, mas vemos claramente que as linhas estão a evoluir numa direção positiva e poderíamos aproveitar esta dinâmica para continuar a trabalhar na questão do apoio militar", explicaram.

Outra discussão que poderá ocorrer nessa cimeira diz respeito ao conflito do Médio Oriente, para "atualização estratégicas" e sem se esperar quaisquer conclusões.

O Conselho Europeu extraordinário -- visto como crucial, dado o necessário processo legislativo para finalizar o dossiê do QFP, dadas as eleições europeias de junho -- deverá começar pelas 10:00 locais (menos uma hora em Lisboa), inicialmente com uma discussão entre os líderes e a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, e uma reunião por videoconferência com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

Na noite anterior, deverá ser realizado um jantar informal entre os chefes de Governo e de Estado da UE dado muitos já se encontrarem em Bruxelas para participar na homenagem da Comissão Europeia ao antigo presidente da instituição Jacques Delors, que morreu a 27 de dezembro.

Estas questões serão ultimadas numa reunião dos representantes permanentes junto da UE que terá lugar na próxima segunda-feira, adiantaram as mesmas fontes europeias.

A UE está então a discutir a revisão do orçamento para o período 2024-2027, no âmbito da qual está então definida esta reserva financeira para os próximos quatro anos para reconstrução da Ucrânia pós-guerra, montante que será mobilizado consoante a situação no terreno.

Em meados de dezembro, não foi possível alcançar um acordo no Conselho Europeu sobre a revisão do QFP, sendo que as maiores dificuldades na negociação relacionam-se com a posição húngara, que contesta a suspensão de verbas comunitárias a Budapeste pelo desrespeito pelo Estado de direito e o pagamento de juros no âmbito do Fundo de Recuperação, cujos montantes também foram suspensos.

Leia Também: Eurodeputados pressionam líderes para 'ok' a orçamento e apoio a Kyiv

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