Líderes das empresas estão mais preocupados com a eficiência e produtividade do que com a Gen AI

5 meses atrás 75

O novo estudo da Deloitte revela que, neste momento, a maioria dos líderes empresariais relata um forte foco em benefícios táticos, como a melhoria da eficiência e da produtividade (56%) ou a redução de custos (35%).

A Deloitte publicou as conclusões do estudo ‘State of Generative AI in the Enterprise’, que faz uma análise ao atual momento desta inovação tecnológica no mundo das empresas a nível global.

Os líderes apostam na Inteligência Artificial (IA) para obter ganhos imediatos como eficiência, produtividade ou redução de custos em vez de estratégias de longo prazo relacionadas com a inovação relacionada com a Inteligência Artificial, a conclusão consta do novo estudo da Deloitte, o ‘State of Generative AI in the Enterprise’.

O estudo revela que os líderes empresariais estão a optar pela obtenção de ganhos imediatos e a deixar para segundo plano questões estratégias de longo prazo na aplicação às suas empresas da Inteligência Artificial Generativa (Gen AI).

Entre as conclusões, o destaque vai para o facto de a maioria dos líderes empresariais ter o foco em benefícios táticos, como a melhoria da eficiência e da produtividade (56%) ou a redução de custos (35%) em detrimento de dar prioridade a áreas estratégicas, como o crescimento e a inovação (29%).

O estudo, que se baseia numa amostra de mais de 2.800 líderes em 16 países, revela também que a expectativa dos líderes empresariais é a de que esta inovação tecnológica tenha um profundo impacto, com cerca de três quartos (79%) do total dos inquiridos a esperar que a Gen AI promova uma transformação organizacional substancial em menos de três anos.

A melhoria de produtos e de serviços existentes (29%) é também destacada e, logo a seguir, o aumento do valor das tarefas dos atuais trabalhadores (26%) das empresas.

O inquérito conduzido entre outubro de 2023 e dezembro de 2023 revela que cerca de 41% dos gestores afirma que as suas organizações estão apenas ligeiramente preparadas ou não estão preparadas para lidar com as preocupações nesta área da Inteligência Artificial Generativa (Gen AI).

Citado no comunicado, Hervé Silva, Partner da Deloitte, defende que “medir o pulso ao atual momento do desenvolvimento da Gen AI é, certamente, uma das maiores prioridades de empresários e gestores de topo, numa corrida que ameaça impactar muito rapidamente setores e indústrias como um todo, mas que também é uma oportunidade única de crescimento e de levar a sociedade como um todo a um novo patamar de desenvolvimento”.

“Este estudo permite medir o impacto e as perspetivas futuras dos empresários e gestores que são, em última análise, os maiores implementadores desta tecnologia”, acrescenta Hervé Silva.

Segundo o estudo, existe, neste momento, um sentimento de incerteza sobre como gerir talentos, governança e risco na adoção da Gen AI, sendo que apenas 22% dos líderes acreditam que as suas organizações estão bem ou muito bem preparadas para lidar com questões relacionadas com o talento na adoção da Gen AI, e com 41% a afirmar que as suas organizações estavam apenas ligeiramente preparadas ou impreparadas para lidar com as preocupações nesta área.

A grande maioria dos líderes (72%) espera, no entanto, que a Gen AI promova mudanças nas suas estratégias de talento nos próximos dois anos. Mas muitas organizações não estão focadas na formação e requalificação dos seus colaboradores, já que apenas 47% concordam que estão a formar os seus colaboradores de modo suficiente acerca das capacidades, benefícios e valor da Gen AI.

Outra das conclusões do estudo está relacionada com o facto de os líderes preverem e temerem que a Gen AI irá aumentar a desigualdade económica e verem a necessidade de mais regulamentação e colaboração a nível global. Uma vez que mais da metade dos entrevistados considera que o uso generalizado da Gen AI centralizará o poder económico global (52%) e aumentará a desigualdade económica (51%).

Para abordar estas preocupações, a maioria dos entrevistados concorda que há necessidade de mais regulamentação global (78%) e colaboração (72%) para gerir a adoção responsável da Gen AI em larga escala.

O estudo avança ainda que organizações que se definem como tendo uma expertise muito elevada em Gen AI tendem a ter uma visão mais positiva, mas também a se sentirem mais pressionadas e ameaçadas pelos efeitos trazidos pela Inteligência Artificial.

Os líderes destas organizações referem níveis mais altos de interesse dos colaboradores, preparação técnica e transformação contínua associada à Gen AI, mas também sentem mais pressão para adotá-la e a veem como mais ameaçadora para seus negócios e modelos operacionais.

O estudo revela ainda que a maioria das organizações ainda depende, principalmente, de soluções de Gen AI off-the-shelf, ou seja, já existentes e prontas a usar, como por exemplo, aplicações de Gen AI publicamente disponíveis, aplicações de produtividade e plataformas empresariais com Gen AI integrada.

Os gestores que foram alvo de inquérito que suporta o estudo lideram empresas em seis diferente sectores, incluindo Consumo, Energia, Recursos & Indústrias, Serviços Financeiros, Ciências da Vida e Cuidados de Saúde, Tecnologia, Media & Telecomunicações, e Governo & Serviços Públicos.

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