Líderes europeus apelam à divulgação das atas na Venezuela

2 meses atrás 82

“Expressamos a nossa grande preocupação com a situação na Venezuela após as eleições presidenciais do último domingo”, lê-se na declaração conjunta do presidente da República Francesa, do presidente do Conselho de Ministros da República Italiana, do Chanceler da República Federal da Alemanha, do presidente do Governo da Espanha, do primeiro-ministro dos Países Baixos, do primeiro-ministro da República da Polónia e do primeiro-ministro da República Portuguesa.

Os líderes europeus referem que "a oposição recolheu e publicou mais de 80 por centos das folhas de contagem e que "a verificação é essencial para reconhecer a vontade do povo venezuelano".

“Apelamos às autoridades venezuelanas para que divulguem prontamente todas as folhas de contagem para garantir a total transparência e integridade do processo eleitoral”
.

Condenam ainda as detenções ou ameaças do regime e garantem apoiar o apelo por democracia e paz.

“Os direitos de todos os venezuelanos, especialmente os líderes políticos, devem ser respeitados durante esse processo”, acrescentam. “A vontade do povo venezuelano, bem como o seu direito de protestar pacificamente e a liberdade de reunião também precisam ser respeitados”.

“Continuaremos com os nossos parceiros acompanhando de perto a situação e apoiando o apelo por democracia e paz do povo venezuelano”.

Joint statement by France, Italy, Germany, Spain, the Netherlands, Poland and Portugal on Venezuela, following last Sunday’s presidential election:https://t.co/JljQF79GuT

— Élysée (@Elysee) August 4, 2024

O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, apoia a posição do Governo de Portugal e de outros seis países europeus que exigem transparência dos resultados das eleições na Venezuela.


Na passada segunda-feira a Comissão Nacional de Eleições da Venezuela proclamou Nicolás Maduro vencedor das eleições presidenciais realizadas no domingo, com 51,2% dos votos.

Por sua vez, o bloco maioritário da oposição publicou os resultados no seu portal na Internet, que alegadamente deram uma vitória esmagadora ao seu candidato, Edmundo González Urrutia, que conta com o apoio da líder da oposição María Corina Machado, impedida pelo regime `chavista` de participar nas eleições.

Desde então têm-se sucedido manifestações, especialmente contra o regime de Nicolás Maduro, algumas violentamente reprimidas.

Já morreram pelo menos 13 pessoas e foram detidas mais de 1.200.

Ler artigo completo