Liga das Nações: Portugal-Escócia, 2-1 (crónica)

1 semana atrás 47

A jóia da coroa voltou a brilhar nos momentos decisivos e com golos de Bruno Fernandes (aniversariante) e Cristiano Ronaldo, Portugal lá colocou um ponto final na falta de eficácia lusa, garantindo a vitória por 2-1 sobre a Escócia.

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Sem Cristiano Ronaldo no onze inicial, algo que não acontecia num jogo oficial desde a eliminação frente a Marrocos no Mundial 2022, Roberto Martínez promoveu a titularidade a Nélson Semedo, António Silva, João Palhinha e Diogo Jota.

A ausência da estrela maior da Seleção Nacional não calou os milhares de adeptos que se deslocaram ao Estádio da Luz, nem no momento do anúncio dos onzes iniciais, nem durante os 90 minutos de tempo regulamentar.

Ainda assim, a força que vinha das bancadas permitiu a Portugal esboçar uma entrada algo segura, mas que rapidamente se transformou em descalabro. Um mau posicionamento defensivo deixou Scott McTominay e posição regular e na sequência de um cruzamento sensacional, o reforço do Nápoles fez de cabeça o 1-0.

Muita vontade e pouca assertividade

O golo sofrido não deixou marcas na Seleção Nacional, que continuou a pressionar o adversário, quase sempre com os lances de perigo a serem criados do lado esquerdo, quer pelos rasgos de Rafael Leão, quer pelos passes entrelinhas de Bruno Fernandes, a descobrir os companheiros de equipa.

Daqui para a frente (até ao intervalo para ser mais preciso), o que se assistiu no Estádio da Luz foi a uma avalanche de oportunidades falhadas de Portugal. Anthony Ralston e Grant Hanley ainda devem estar à procura dos rins nesta altura, já que o Leão à solta foi um autêntico tratado para os adversários.

Nas bancadas os gritos passaram a ser uma constante, mas apenas como um sinal de que os apanha-bolas tinham trabalho pela frente, já que a eficácia não quis nada com os comandados de Roberto Martínez no primeiro tempo.

Ao intervalo, tempo para uma sentida ovação aos atletas que representaram as cores de Portugal nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Paris 2024 e um estender dos aplausos (juntamente com muitos gritos) para a entrada de Cristiano Ronaldo.

Com 39 anos, o capitão calçou as chuteiras e subiu ao relvado para tentar mudar o rumo dos acontecimentos, algo que não demorou muito a acontecer. Em dia de aniversário, Bruno Fernandes tinha estado em bom plano no primeiro tempo e acabou por oferecer uma prenda aos milhares de adeptos que se deslocaram até ao Estádio da Luz.

Após passe de Rafael Leão, o médio do Manchester United fez aquilo que mais gosta, rematar à baliza e acabou por ser feliz. Angus Gunn ainda tocou na bola, mas não conseguiu evitar o golo do empate, depois de um belo pontapé de fora da área.

Ao contrário do que tinha acontecido aquando do belo momento de McTominay, Portugal não reagiu bem ao golo do empate e a Escócia galvanizou-se. Alguma desatenção na defesa permitiu ao adversário criar perigo como até então não se tinha visto.

A outra face da moeda

Perante as dificuldades em ter bola, Roberto Martínez optou por tirar Rafael Leão e Bernardo Silva, lançando para o terreno de jogo João Félix e João Neves. Este momento serviu para a Seleção Nacional provar um sabor diferente, algo semelhante ao que já tinha saboreado frente à Croácia, quando teve que saber sofrer.

O esgotar das alterações de Roberto Martínez trouxe Diogo Dalot para o lado direito da defesa e uma capacidade que até então Nélson Semedo não tinha conseguido trazer para o encontro.

A dez minutos do fim, o verdadeiro balde de água fria aterrou em ambos os postes da baliza defendida por Angus Gunn, com CR7 em claro destaque. Primeiro tentou aproveitar uma recarga para fazer o gosto ao pé pela 901.ª vez e segundos depois, Bruno Fernandes descobriu-o no coração da área, mas a bola voltou a beijar o ferro, para desespero do próprio.

Só que a injustiça, tantas vezes associada ao «desporto rei», não chegou para a dimensão de um dos maiores nomes do futebol mundial. Poucos dias depois de atingir a marca histórica dos 900 golos, Cristiano Ronaldo mostrou que o objetivo é chegar aos quatro dígitos e fechou com chave de ouro uma exibição muito bem conseguida de Portugal.

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