Liga reitera preocupação com o impacto das novas regras da imigração

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A Liga Portugal reuniu com caráter de urgência esta quarta-feira com os clubes para analisar uma proposta do Governo para a resolução dos problemas levantados pela extinção da «manifestação de interesse» no que diz respeito à contratação de jogadores estrangeiros provenientes de países de fora da União Europeia.

O organismo reiterou «profunda e cada vez mais premente preocupação quanto ao impacto da nova legislação sobre imigração», que está a afetar a capacidade dos clubes no atual mercado de transferências. Além disso, considera que a proposta apresentada na terça-feira pelo Governo, «não responde» a este impacto.

«Entende a Liga Portugal e os Clubes que não ficam, com a proposta ora apresentada, sanadas as consequências adversas desta alteração ao nível da celeridade na contratação de jogadores estrangeiros, nem são dadas vias de solução que, sem colocar em causa os pressupostos preconizados pela nova Lei (em nada relacionados com o Futebol Profissional), minimizem o respetivo impacto neste sector e nos Clubes», lê-se na nota de imprensa da Liga.

O organismo liderado por Pedro Proença alerta para a necessidade «urgente» de encontrar uma solução para resolver esta situação.

«Tendo em conta que o calendário competitivo e o período limitado no mercado de transferências não se compadecem com os procedimentos previstos na solução apresentada, a Liga Portugal alerta para a necessidade da resolução urgente para esta matéria e coloca-se, como sempre, à disposição das entidades competentes para, em conjunto, procurar uma solução que efetivamente responda às preocupações do Futebol Profissional», refere ainda o organismo.

Recorde-se que o fim da manifestação de interesse impõe que a celebração de contratos de trabalho esteja dependente da obtenção de visto legalmente admitido e de visto de residência para exercício da atividade profissional, o que terá de ser pedido no país de origem.

Depois disso, terá de ser solicitada autorização de residência no país (neste caso em Portugal) junto da AIMA (Agência para a Integração, Migrações e Asilo), através de agendamento, sendo indispensável a apresentação de toda a documentação exigida - não basta o visto - para a obtenção da autorização de residência.

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