Após um total de 117 golos marcados no Euro 2024, a UEFA não tem a quem atribuir a Bota de Ouro da competição. Ou melhor, tem seis candidatos para um só troféu!
Harry Kane (Inglaterra) e Dani Olmo (Espanha) chegaram ao último jogo com a oportunidade para se isolarem no topo da lista de marcadores, mas não o conseguiram fazer. O capitão inglês foi substituído aos 61 minutos, continuando a sua maldição de palmarés coletivo, e o camisola ´10´ da seleção campeã teve maior impacto no plano defensivo, com um corte em cima da linha de golo aos 90+1´.
Assim, terminaram com três tentos em seu nome, o mesmo total que tinham deixado Ivan Schranz (Eslováquia), Georges Mikautadze (Geórgia), Jamal Musiala (Alemanha) e Cody Gakpo (Países Baixos). Como se resolve esta disputa?
UEFA decretou divisão por seis
Se dois ou mais jogadores terminarem o torneio empatados com o máximo de golos, o prémio é de todos eles. A confirmação foi dada pela UEFA na passada sexta-feira, pelo que é oficial: a Bota de Ouro do Euro 2024 será partilhada por seis jogadores.
Este não é um desfecho inédito, mas o número de jogadores envolvidos é um recorde. No Euro 1960, o primeiro de sempre, cinco jogadores marcaram dois golos e inscreveram o seu nome na história (François Heutte, Viktor Ponedelnik, Valentin Ivanov, Drazan Jerkovic e Milan Galic); mais tarde, no Euro 1992, quatro atletas atingiram esta marca de três golos (Henrik Larsen, Karl-Heinz Riedl, Dennis Bergkamp e Tomas Brolin).
Essas não foram as únicas ocasiões em que a lista de artilheiros de um Campeonato da Europa terminou em empate, mas importa salientar que entre 2008 e 2021 as regras foram diferentes. Mesmo tendo os mesmos três golos que vários jogadores, Fernando Torres arrecadou o galardão do Euro 2008 por ter uma assistência e menos minutos que a concorrência; na última edição, o Euro 2020, Cristiano Ronaldo marcou os mesmos cinco golos que Patrick Schick, mas ficou com o prémio por ter registado também um passe para golo.
Se essa regulamentação ainda estivesse em vigor, o Bota de Ouro deste ano seria Dani Olmo, médio do RB Leipzig que, além dos três golos, conseguiu duas assistências. Se fosse por tempo de jogo, como em tantas outras competições, a distinção cairia para Ivan Schranz, do Slavia Praha, que fez apenas 334 minutos. Não é o caso, por isso os seis atletas terão de se contentar com esta partilha.
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