Lituânia reconhece Igreja Ortodoxa de Constantinopla e rejeita Moscovo

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O Patriarcado de Moscovo ainda exerce influência na comunidade ortodoxa de cerca de 100 mil pessoas na Lituânia, uma antiga república soviética e agora forte aliada da Ucrânia, que combate desde fevereiro de 2022 uma invasão russa.

"A comunidade religiosa cumpre os requisitos legais de uma comunidade religiosa tradicional, nova ou restabelecida e pode ser inscrita no registo de pessoas coletivas", sublinhou Paulius Zeimys, porta-voz do Ministério da Justiça, à agência France-Presse (AFP).

Esta decisão significa que esta Igreja será elegível para apoio financeiro do Estado, tal como outras entidades reconhecidas.

Em 2022, cinco padres lituanos foram acusados de desobediência canónica e conspiração pela Igreja Ortodoxa Russa, então integrada no Patriarcado de Constantinopla.

Os sacerdotes foram punidos "não por critérios eclesiásticos", mas pela sua "resistência (...) à guerra na Ucrânia", reagiu na altura o Sínodo de Constantinopla, em comunicado.

Dez padres e dez comunidades relativamente pequenas na Lituânia pertencem à jurisdição de Constantinopla.

O seu líder, Justinus Kiviloo, realçou à imprensa local no mês passado que a comunidade ainda se reunia em casas de oração de diferentes religiões, mas estava a considerar construir a sua própria igreja através de doações.

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