Livre espera que PSD "mantenha recusa de forças antidemocráticas"

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O partido Livre garantiu, esta quinta-feira, que será uma “oposição leal, responsável e construtiva, mas vigorosa” ao Governo do líder social-democrata Luís Montenegro, que foi, na madrugada de quinta-feira, indigitado primeiro-ministro. O coletivo liderado pelo historiador Rui Tavares salientou, contudo, esperar “que esta governação mantenha a palavra dada na recusa da dependência de forças antidemocráticas”, nomeadamente o partido de extrema-direita Chega.

“O Livre será, como sempre anunciámos, oposição a um governo do PSD. Uma oposição leal, responsável e construtiva, mas vigorosa. O Livre espera que esta governação mantenha a palavra dada na recusa da dependência de forças antidemocráticas”, anunciou o partido, em comunicado.

O coletivo denunciou ainda que cerca de 40% dos votos dos círculos da emigração foram considerados nulos, tendo defendido que “os votos dos emigrantes portugueses devem ser respeitados e o sistema eleitoral não pode continuar a funcionar de forma a que tantos deles acabem anulados”.

“Após o apuramento de todos os votos das eleições legislativas, o Livre conquistou quatro mandatos, e ultrapassou os 200 mil votos. Este é o melhor resultado obtido em qualquer eleição, e igualmente o melhor resultado de qualquer partido dos Verdes Europeus em Portugal, reforçando que a esquerda verde europeia tem o seu espaço no nosso país. Este resultado demonstra também que é possível crescer e até quadruplicar a representação com um discurso construtivo e de futuro, recusando a divisão e o ódio”, salientou, na mesma nota.

O Livre não deixou, por fim, de expressar a sua “profunda gratidão a todas as pessoas candidatas, em especial os candidatos e candidatas dos círculos da emigração, membros, apoiantes, voluntários e equipa de campanha que ajudaram a difundir as ideias do partido, contribuindo para este resultado”.

Saliente-se que Luís Montenegro, antigo líder parlamentar do PSD nos tempos da troika, será o próximo primeiro-ministro de Portugal, depois de a AD ter vencido as eleições legislativas antecipadas do passado dia 10.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, indigitou na madrugada de hoje o social-democrata, que anunciou que apresentará ao chefe de Estado a composição do futuro Governo no dia 28 de março. Acertou, além disso, a tomada de posse para o dia 2 de abril.

O 19.º presidente do PSD assumirá a liderança do Governo nove anos depois de o partido ter deixado o poder, em 2015, sem ter tido experiência executiva, embora já tenha dito publicamente que recusou por três vezes ocupar cargos no Governo, particularmente com Santana Lopes e com Pedro Passos Coelho, por razões familiares.

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