López Obrador diz que "não se pode fechar" fronteira de EUA com México

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"Faz parte das campanhas nos Estados Unidos, dizem-se muitas coisas nas campanhas para tentar ganhar votos; no entanto, não se pode fechar as fronteiras entre o México e os Estados Unidos, as fronteiras não podem ser fechadas, porque a integração económica e social é fundamental", declarou López Obrador na sua conferência de imprensa diária.

O chefe de Estado mexicano reagiu assim à vitória esmagadora de Trump na segunda-feira, com mais de 50% dos votos, nos 'caucus' do Iowa, e ao seu discurso triunfal, no qual advertiu de que uma das suas primeiras medidas, se alcançar a Presidência dos Estados Unidos da América (EUA), será fechar a fronteira com o México.

"Vamos selar a fronteira. Temos uma invasão, uma invasão de milhões e milhões de pessoas que estão a vir para o nosso país", afirmou.

Apesar da crescente retórica anti-imigração e anti-mexicanos de Trump, López Obrador asseverou que não tem problemas com ele, ao recordar que o seu único desentendimento, na sua opinião, ocorreu em meados de 2019, quando o então Presidente norte-americano (2017-2021) impôs taxas aduaneiras ao México para exigir o fim da imigração indocumentada.

"Não há realmente qualquer problema com o Presidente Trump, só tivemos uma divergência quanto à gestão da fronteira por estabelecer ou tencionar estabelecer de forma unilateral taxas aduaneiras, impostos, a mercadorias mexicanas que entram nos Estados Unidos", indicou.

O chefe de Estado mexicano defendeu que "a boa vizinhança é indispensável", porque "imagine-se o prejuízo que representaria para as empresas norte-americanas e mexicanas um dia de encerramento das fronteiras".

A pressão aumentou após a histórica migração ilegal em dezembro, com uma média de mais de 10.000 pessoas por dia a chegarem à fronteira entre os Estados Unidos e o México, como reconheceu López Obrador.

Mas o responsável mexicano atribuiu tal facto às eleições presidenciais, que este ano se realizarão tanto no México (em junho) como nos Estados Unidos (em novembro).

"Tudo isto tem que ver com as campanhas, ontem (segunda-feira) houve eleições, estão a decorrer eleições nos partidos, pelo menos eu vi os resultados das internas do Partido Republicano, e o Presidente Trump vai à frente, está a ganhar a [Ron] DeSantis, que também tem um discurso anti-imigração, porque é assim que eles pensam que conseguem votos", argumentou.

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