Lucília Gago e o Parlamento

3 meses atrás 77

Lucília Gago nunca deveria ter desconsiderado o Parlamento e o País pelo silêncio ruidoso e pela ausência de comunicação. Cunha Rodrigues e Joana Marques Vidal nunca recusaram ir ao Parlamento, nem prestar contas. Nunca deixaram as responsabilidades próprias em mãos alheias. Isso teria permitido, desde logo, desmontar a enorme hipocrisia que por aí vai, entre os críticos do MP, em função de dois ou três processos concretos. Como Cunha Rodrigues fez, quando o PSD tinha como estratégia demiti-lo e outros tentavam cozê-lo em lume que nunca pegou. Uma campanha orquestrada por Proença de Carvalho, ontem como hoje, e pelos escribas que comparam o Ministério Público ao sinistro J. Edgar Hoover. Os mesmos que hoje o aplaudem, mesmo quando só diz coisas de puro bom senso, mantendo a defesa da importância do MP na separação de poderes e na investigação criminal. As escutas sem um férreo controlo judicial incomodam-me, mas é um problema que se resolve se os juízes de instrução cumprirem o seu papel. Mas àqueles incomoda muito mais verem compadres como Pinho, velhos amigos como Sócrates ou Vara a frequentarem a hotelaria prisional.

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