Lucros da Sonaecom recuam 69% em 2023

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O volume de negócios consolidado do ano passado cresceu 2,1% até atingir os 18,2 milhões de euros, apresentando um aumento de 0,9% no último trimestre do ano, impulsionado pelos media e Bright Pixel.

A Sonaecom somou lucros de 43,8 milhões de euros em 2023. Trata-se de uma queda de 69,4% face ao ano anterior, isto depois dos lucros no terceiro trimestre já terem apresentado uma forte quebra.

Segundo comunicado da empresa enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o resultado líquido ficou “abaixo dos 143,1 milhões de euros apresentados em 2022, devido à evolução quer do resultado diretor, quer do resultado indireto”.

No total do ano, o resultado direto desceu até aos 58,2 milhões, um valor muito abaixo dos 123,9 milhões verificados em 2022. Agora, o resultado indireto, e segundo a informação disponibilizada, apresentou um valor negativo de 16,1 milhões, sendo justificado “por impactos negativos da evolução adversa das taxas de câmbio e por ajustes ao justo valor de alguns ativos do portfólio da Bright Pixel”.

Indica o mesmo comunicado que o volume de negócios consolidado do ano passado cresceu 2,1% até atingir os 18,2 milhões de euros, apresentando um aumento de 0,9% no último trimestre do ano. A Sonaecom dá conta que “esta evolução positiva foi impulsionada quer pela área de media quer pela Bright Pixel”.

Já o EBITDA (resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) fixou-se nos 52,2 milhões em 2023, uma queda homóloga de 58,5%, que se explica “devido ao menor número de vendas e correspondentes mais-valias em 2023 face a 2022, nomeadamente a mais valia de 64,7 milhões resultante da venda da Maxive no quarto trimestre de 2022”.

Ora, lembra a empresa que “a contribuição das empresas consolidadas pelo método de equivalência patrimonial aumentou 8,3% em 2023, devido ao aumento da participação da Sonaecom na NOS, que mais do que compensou o menor resultado líquido da NOS, cuja evolução é explicada pela mais-valia relevante registada em 2022 com a venda das torres”.

Crescimento da Bright Pixel

“A Bright Pixel continuou a explorar novas oportunidades de expandir o seu portfólio ativo, o que já inclui 43 empresas em todo o mundo, através do investimento em novas empresas e do reforço em alguns dos investimentos já existentes”, nota a Sonaecom no mesmo comunicado, referindo-se aos resultados do ano passado.

No último trimestre do ano, a empresa liderou uma ronda de financiamento de 11 milhões para uma startup austríaca de tecnologia e rastreamento de dados de última geração, bem como uma ronda série B de 30 milhões na israelita Vicarius, uma empresa de cibersegurança, no início do ano.

“Estes investimentos, combinados com os seis novos investimentos realizados nos trimestres anteriores em empresas de infraestruturas
digitais, tecnologia de retalho e ciber
segurança (incluindo a seldon, Picnic, Harmonya e Sekoia.io), e com os reforços efetuados em algumas empresas do portfólio já existente, conduziu a um total de investimento de 53 milhões de euros durante o ano”, evidencia a Sonaecom.

Já a venda da Reblaze ao grupo Link 11, no quarto trimestre de 2023 permitiu um retorno de 5,2 milhões de euros no ano passado.

“Esta atividade conduziu a um ligeiro aumento do NAV e do Capital Investido no portfólio ativo para 340 milhões de euros e 177 milhões de euros, respetivamente, e representando um cashoncash potencial de 1,9x no atual portfólio”, sustenta. 

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