Luís Amado acredita que os juros “podem começar a descer a partir do segundo semestre de 2024”

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Em entrevista à rádio Antena 1 e ao Jornal de Negócios, o antigo chefe da diplomacia portuguesa afirma que, se não houver “nenhum cisne negro” e se os Estados Unidos continuarem a baixar as taxas de juro e os mercados a pressionar, será “inevitável” e o Banco Central Europeu terá de optar pela mesma via.

Luís Amado, antigo ministro dos Negócios Estrangeiros, acredita que as taxas de juro podem começar a descer a partir do segundo semestre de 2024. Em entrevista à rádio Antena 1 e ao Jornal de Negócios, o antigo chefe da diplomacia portuguesa afirma que, se não houver “nenhum cisne negro” e se os Estados Unidos continuarem a baixar as taxas de juro e os mercados a pressionar, será “inevitável” e o Banco Central Europeu terá de optar pela mesma via.

Mesmo que Lagarde procure “criar a expectativa que em 2024 não haverá regressão das taxas de juro. A verdade é que os mercados, de forma bastante agressiva, fazem uma leitura completamente distinta do cenário macroeconómico, quer nos Estados Unidos da América quer na Europa”.

Sendo assim, o mais provável é que, no segundo semestre de 2024, “se houver uma política da descida das taxas de juro agressiva nos Estados Unidos”, como se se antecipa com três reduções no próximo ano, o Banco Central Europeu não poderá “desfasar-se muito”.

O Banco Central Europeu (BCE) decidiu na quinta-feira passada manter as taxas de juro inalteradas, como esperado pelos mercados. O BCE justificou a decisão com o risco de a inflação poder vir a subir temporariamente no curto prazo.

As projeções apontam para uma redução gradual em 2024 para atingir os 2% em 2025. Recorde-se que em novembro a inflação atingiu os 2,4% longe dos mais de 9% atingidos em 2022.

Depois de 10 subidas consecutivas, as taxas não sofreram alterações pela segunda reunião consecutiva. Quanto ao futuro, a líder do BCE manteve-se em modo falcão, rejeitando o modo pomba. Assumiu que a instituição vai manter-se vigilante e que vai manter as taxas de juro “em níveis suficientemente restritivos durante o tempo que for necessário”.

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