Luís Filipe Menezes: “Nos últimos anos houve uma desqualificação das elites portuguesas”

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Sobre a situação política atual, o antigo líder do PSD e agora presidente da Câmara de Comércio e Indústria Árabe-Portuguesa, afirma, em entrevista que pode ler na edição desta semana do JE, que acredita “muito em Portugal e nos portugueses, mas muito pouco no sucesso da política portuguesa”.

Fora da vida política apesar das saudades que deixou em Gaia, Luís Filipe Menezes lidera agora a Câmara de Comércio e Indústria Árabe-Portuguesa, querendo aprofundar laços com um dos blocos que mais tem crescido nos últimos anos, mas com uma fraca ligação comercial a Portugal. Por cá, a erosão das qualificações das elites é um problema, afirma, sem dar prognósticos para as eleições.

Sobre a situação política atual, o antigo líder do PSD afirma, em entrevista que pode ler na edição desta semana do JE, que acredita “muito em Portugal e nos portugueses, mas muito pouco no sucesso da política portuguesa”. Defende o antigo presidente da Câmara de Gaia que “nos últimos anos houve um processo de desqualificação das elites portuguesas (e europeias em geral)” porque “não se reformaram nem perceberam as mudanças do mundo”.

Fazendo uma comparação com os quadros que existiam no enquadramento autárquico, por exemplo, quando venceu a presidência da Câmara de Gaia, Luís Filipe Menezes recorda alguns dos nomes que estavam na ribalta e que, comparados com os existentes na atualmente, são uma autêntica “dream team”, realça. “O que se passou? Houve uma desqualificação das elites. Aí, o resultado das suas atividades vai refletir as suas capacidades”, sublinha o político.

Quanto às próximas eleições legislativas, Luís Filipe Menezes avança com duas certezas: “Quem vai ganhar, o partido mais votado, vai ser o PSD ou PS; e a direita vai ter mais votos do que a esquerda, o Chega tem o dobro dos votos do BE e a IL tem mais votos do que o PCP. Mas também sei que a confusão vai ficar instalada”.

Sobre o Governo que deverá cessar funções após o ato eleitoral, Luís Filipe Menezes considera que este Governo, por razões diversas, talvez seja o que mais sofreu na pele as circunstâncias substantivas que levaram ao decréscimo das qualificações das elites e à capacidade de recrutamento de pessoas para a atividade política”.

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